Capital

Câmeras de monitoramento na Capital não terão infravermelho

Gabriel Neris e Helton Verão | 25/04/2013 19:30
Sem visão noturna, instalação não será suficiente, disse delegado Wellington de Oliveira (Foto: Vanderlei Aparecido)
Sem visão noturna, instalação não será suficiente, disse delegado Wellington de Oliveira (Foto: Vanderlei Aparecido)

A Comissão Permanente de Segurança Pública da Câmara de Vereadores cobrou a Prefeitura de Campo Grande durante audiência pública nesta quinta-feira (25) sobre a instalação das câmeras de seguranças que serão instaladas, mas não funcionarão no período noturno.

De acordo com a Prefeitura, as câmeras ainda não foram instaladas por “ajustes técnicos” e modificação na licitação, caindo de 28 para 22 câmeras. O custo será de R$ 865 mil e o bairro Los Angeles, na região sul de Campo Grande, deve ser o primeiro local a receber a tecnologia.

Entretanto a Prefeitura argumenta que só será possível monitorar no período diurno, alegando que a câmera com infravermelho, dispositivo para filmar à noite, é caro, custando de R$ 40 a R$ 120 mil cada aparelho.

A Prefeitura da Capital informou que serão 120 dias para que as câmaras sejam instaladas.

A notícia desagradou os delegados de Polícia que acompanharam a audiência na Câmara. Wellington de Oliveira, titular da 1ª DP (Delegacia de Polícia), disse que se não for para utilizar 100% da tecnologia, não há motivos para por. “Instalar essas câmeras e elas não capturarem o que acontece à noite é como comprar um Kinder Ovo para uma criança e produto não ter brinquedinho”, comparou.

“Temos que parar de brincar com a segurança pública da Capital. Não quero ver o rosto do bandido, quer ver a íris do olho dele”, reclama. “Se for para instalar como estão oferecendo, vai ser dinheiro jogado fora. A Polícia precisa ser consultada”, completa o delegado Miguel Said, também da 1ª DP.

A Prefeitura informou que o Ministério da Justiça cortou parte do orçamento previsto para a compra das câmeras, por isso o número de aparelhos caiu de 28 para 22.

“A Capital precisa desses olhos mecânicos. Se for só durante o dia não basta. O olho dos policiais não pode ser o único que garante a segurança à noite”, disse o comandante do Comando de Policiamento Metropolitano, coronel Evaldo Iahn Mazuí.

De acordo com a assessoria de imprensa do vereador Otávio Trad (PTdoB), presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública, houve encaminhamento para que as câmeras passem por uma perícia técnica. O objetivo é acrescentar o dispositivo de infravermelho nas câmeras.

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