Capital

Câmera de segurança flagrou assassinato de vendedor ambulante

O crime teria acontecido porque a vítima se negou a dar um cigarro a um morador de rua

Bruna Pasche | 09/01/2019 10:26
Ao tentar se defender, Hugo foi atingido na mão e no do lado esquerdo do peito. (Foto: Reprodução)
Ao tentar se defender, Hugo foi atingido na mão e no do lado esquerdo do peito. (Foto: Reprodução)

Imagens de câmera de segurança de um estabelecimento flagraram o assassinato do vendedor ambulante Hugo Fernando de Souza Silva, 33 anos, na madrugada desta quarta-feira (9), na Praça Portal de Ferro, localizada no cruzamento das avenidas Bandeirantes com a Salgado Filho, no Bairro Amambaí, em Campo Grande.

O principal suspeito do crime é um morador de rua ainda não identificado. As imagens mostram o momento que Hugo vai até o encontro do homem, os dois discutem, entram em luta corporal e o morador atinge uma facada no lado esquerdo do peito da vítima, além de outra na mão, que mostra tentativa de defesa. Depois do crime, a suspeito caminha calmamente subindo a rua Iguassu.

Ao ser atingido, Hugo corre para trás, fica parado e ao tentar dar dois passos cai no chão. Segundo informações do delegado Antônio Ribas, a polícia já tinha as características do suspeito e iria utilizar as imagens da câmera de segurança de comércios do local para ajudar na identificação do morador de rua.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas nada pôde fazer. A vítima morreu no local. Gestante, a mulher de Hugo ficou em estado de choque e precisou de atendimento médico. Ela ainda não foi ouvida na delegacia. “Não sabemos o teor da conversa que terminou com a morte da vítima, mas provavelmente foi por causa de cigarro”, diz o delegado.

Caso - Hugo e a mulher também de 33 anos vendedores de CDs e DVDs estavam no local esperando para receber uma mercadoria, próximo a um trailer, quando o morador de rua abordou a vítima e pediu cigarro. Hugo teria negado. O suspeito, então, foi até onde um grupo de trabalhadores da Solurb descansavam, ficou ali por um tempo conversando e depois voltou para falar com Hugo quandos se desentenderam. 

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, como homicídio qualificado por motivo fútil, já que teria sido motivado por uma discussão por cigarro, explicou o delegado. Além disso, o suspeito não levou nada da vítima que foi encontrada com seus documentos, dinheiro e celular. O crime será investigado pela 1ª delegacia.

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