Capital

Camelódromo vira foco de debate em audiência sobre segurança

Mariana Lopes | 01/02/2013 14:20
Audiência nesta manhã discutiu segurança em locais de aglomeração. (Foto: Luciano Muta)
Audiência nesta manhã discutiu segurança em locais de aglomeração. (Foto: Luciano Muta)

Durante a audiência pública sobre segurança, realizada na manhã de hoje, na Câmara Municipal, o Camelódromo de Campo Grande virou foco de debate por ser considerado um local que oferece muito risco aos clientes e aos próprios comerciantes do local.

O assunto veio ganhou repercussão após o pronunciamento do promotor público Alexandre Raslan, que na ocasião declarou ser chato por cobrar fiscalização e adequação dos estabelecimentos.

“No Camelódromo existem muitos aparelhos eletrônicos, que entram facilmente em combustão e pode provocar um incêndio. Mas o problema não é só as chamas, tem a situação de pânico também, será que o local está adequado para uma situação desta?”, questionou o promotor.

Proponente da audiência, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) pontuou ao final dos pronunciamentos que o Camelódromo precisa realmente ser fiscalizado e conferir as condições do local. “Precisamos de fiscalização e cumprimento das leis. O Ministério Público é chato e a responsabilidade é de todos nós (poder público), temos que correr atrás”, afirma.

Sobre a polêmica, o tenente coronel do Corpo de Bombeiros Joilson de Paula disse que não sabe como está a situação do Camelódromo. “Pode ser que haja o risco, mas se tiver prevenção dentro das normas brasileiras, se tiver alvará, não há motivo para ser interditado”, comenta.

Outro assunto que acalentou a audiência pública foi a questão do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) responsável por fazer a fiscalização nos estabelecimentos, analisar os alvarás e liberá-los.

“Os poderes executivos precisam investir no quadro de funcionários, precisamos também intensificar nossa ação”, disse a vereador Luiza Ribeiro. O promotor Raslan apontou ainda sobre os cuidados que os órgãos públicos precisam ter com a questão da segurança. “A Semadur, por exemplo, recebe uma média de 33 ofícios por dia do Ministério Público, que precisam ser avaliados e não há fiscais”, criticou.

Da audiência pública saiu também a sugestão de criar um fórum permanente ou uma comissão para discutir assuntos sobre a segurança em estabelecimentos públicos e casas noturnas, bem como tratar das solicitações e necessidades dos órgãos públicos.

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