Capital

Briga por causa de som alto termina com 7 detidos em chácara

Confusão aconteceu na tarde deste domingo (3) na saída para Sidrolândia

Mirian Machado | 03/09/2017 19:40
Carro com o som alto foi apreendido pela Polícia Militar após dono se recusar a abaixar volume (Foto: João Paulo Gonçalves)
Carro com o som alto foi apreendido pela Polícia Militar após dono se recusar a abaixar volume (Foto: João Paulo Gonçalves)

 

 

O que era para ser uma festa de aniversário, terminou em confusão, briga com duas mulheres e cinco homens detidos neste domingo (3). O motivo seria o som alto, que segundo policiais militares dava para escutar a cerca de 2 km do local, na saída para Sidrolândia, em Campo Grande.

Pessoas que estavam na festa com cerca de 30 convidados dizem que chegaram por volta das 12h e cerca de uma hora e meia depois os PMs apareceram. “Eles chegaram arrebentando portão, ameaçando, agredindo as pessoas, xingando”, garantiu Maxsuel Figueiredo de Lima, de 26 anos.

O som estava em uma Van preta com vários alto-falantes. O dono do veículo, Laerte Marques da Silva, de 28 anos, diz que foi contratado. “Trabalho com isso há 12 anos, meu carro é só para esse tipo de trabalho. Isso nunca aconteceu comigo”, disse o proprietário do carro. 

Chácara onde acontecia festa na saída para Sidrolândia (Foto: João Paulo Gonçalves)

Sara Almeida, de 22 anos, contou que militares bateram na prima dela da mesma idade. “Eles começaram a bater no marido dela, então ela começou a filmar, foi aí que um deles [policiais] bateu nela também. Ela chegou a desmaiar”, afirmou a estudante.

Outras testemunhas disseram também que os policiais ameaçaram atirar se mais alguém chegasse perto. Outros relatam o desespero de crianças no local com a situação. “Aqui é uma área particular, eles não podem ir entrando assim”, disse Maxsuel.

Em contrapartida, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, a Polícia Militar informou ao Campo Grande News que uma vizinha ligou reclamando do som alto e disse que teria sido ameaçada pelos participantes da festa com uma arma, quando teria pedido para que abaixasse o volume do som. Uma equipe então se deslocou até o local e foi recebida com xingamentos.

Segundo o Sargento Rogélio Ronez de Oliveira, o responsável pela festa se negou a deixar a polícia entrar. Por isso, foi pedido. “Uma mulher que é parente do dono da chácara autorizou a nossa entrada e então detivemos o responsável pela festa. Foi quando começaram a nos xingar mais”, relatou.

Quanto à menina que as pessoas que estavam na chácara disseram ter apanhado de militares, o sargento afirma que foram utilizadas técnicas não letais. “Quando detivemos o marido dela, ela avançou em nós. Não foi usado nenhum tipo de munição letal ou química”, reforça.

Dos sete detidos, um ficará preso por ter mandado de prisão em aberto o restante irá prestar esclarecimentos e será liberado. Os 7 responderão por desacato, resistência e perturbação da tranquilidade e do sossego alheio.

O sargento ainda lembra que “o crime que se comete no meio urbano é o mesmo na zona rural. Se tiver uma pessoa que seja incomodada, nós temos que acudir”, afirmou.

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