Capital

Bombeiros suspendem, de novo, buscas por Kauan, após uma semana

Equipe vai entregar relatório para o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso; Militares devem voltar ao rio a tarde

Yarima Mecchi e Marcus Moura | 28/07/2017 11:41
Bombeiros usaram bote para entrar no rio. (Foto: Marcus Moura)
Bombeiros usaram bote para entrar no rio. (Foto: Marcus Moura)

Após duas horas no leito do rio Anhanduí o Corpo de Bombeiros encerrou, sem sucesso, as buscas pelo corpo do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, que sumiu no dia 25 de junho. Os militares estão desde sexta-feira (21) percorrendo o leito e a margem do rio. Nesta manhã eles começaram a procurar da ponte da Rua Ezequiel Ferreira Lima e de bote seguiram três quilômetros até a ponte da Avenida Campestre.

A criança sumiu há 33 dias, quando saiu de casa para brincar com os amigos em um domingo. Kauan teria sido estuprado e assassinado em uma casa no bairro Coophavilla II no dia em que desapareceu e jogado rio, no bairro Aero Rancho, na madrugada do dia 26, conforme confissão de um adolescente, de 14 anos, que participou do crime.

O suspeito de ter cometido o crime é Deivid Almeida Lopes, 38 anos. Ele estava preso desde sexta-feira (21) em uma cela da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), mas ontem (28) foi encaminhado para o Instituto Penal de Campo Grande.

Equipes do Corpo de Bombeiros, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) e Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) acompanharam as buscas nesta manhã. De acordo com o tenente Vinícius Gonçalves, a equipe vai fazer um relatório e entregar para o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso e titular da Depca.

"Vamos entregar o relatório e conforme decisão do delegado devemos voltar para o rio durante a tarde", declarou.

Guincho foi usado. (Foto: Marcus Moura)

O crime – Conforme apurou a equipe da DEPCA, Kauan morreu no dia 25 de junho, dia em que saiu de casa para brincar e não voltou.

O testemunho de um adolescente, de 14 anos, que teria levado Kauan até a casa de Deivid de Almeida Lopes, de 38 anos, norteou a investigação. No início da noite daquele dia, a criança estava a cerca de três quilômetros de casa, na Coophavilla II – região sul da cidade, onde o suspeito mora.

Segundo o adolescente, quando o homem começou a violentar a criança, o menino se debatia, chorava bastante e gritava muito. Por isso, o acusado pediu para o adolescente segurar o garoto enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.


Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. Foi quando o pedófilo e o adolescente constataram a morte, resolveram se livrar do corpo, o colocaram em um saco preto e atiraram no rio Anhanduí.


Deivid, que deu aulas de português e inglês em escolas da rede municipal e estadual, foi indiciado por abuso de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Ele foi transferido na manhã desta quinta-feira (27) da carceragem da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) para o Instituto Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste - leste da Capital -, em ala específica para autores de crimes sexuais.

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