Capital

Bombeiros dizem que loja não pediu vistoria para projeto de incêndio

Paula Maciulevicius e Luciana Brazil | 07/12/2012 13:10
Bombeiros apontam como irregularidade falta de vistoria em projeto de combate a incêndio. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Bombeiros apontam como irregularidade falta de vistoria em projeto de combate a incêndio. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O Corpo de Bombeiros afirmou em coletiva nesta sexta-feira que a loja Paulistão, incendiada na manhã de ontem, não pediu a vistoria no sistema preventivo, que precisa ser feita pelos bombeiros em comércios e edifícios quando a construção ou reforma chega ao fim.

O tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Francimar Vieira da Costa, explicou que esta era a situação irregular encontrada no prédio. Ele disse ainda que se o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico foi implantado como constava no projeto inicial, os bombeiros não tem condição de saber, porque tudo foi queimado.

O que os militares conseguiram constatar é que o prédio tinha o reservatório de água, conhecido como cisterna, com capacidade para 16 mil litros. Segundo o tenente coronel, não consta na lei multa para quem não pede a vistoria dos estabelecimentos.

Ainda conforme os bombeiros, no projeto do Paulistão constava hidrante, cisterna e extintor. “Mas como nunca houve vistoria, não se sabe o que tinha”, explicou o tenente coronel.

As causas do incêndio só serão apontadas pela Perícia.

As causas do incêndio só serão apontadas pela Perícia. (Foto: Luciano Muta)

A maior parte do material da loja era tipificado como ‘Classe A’, papel e plástico que incendeiam com bastante facilidade.

O trabalho foi dividido em duas partes. O primeiro foi nesta quinta-feira, de confinar o fogo e depois extinguir, principalmente pela proximidade com o depósito que contém 42 mil litros de lubrificante.

O fogo começou ontem por volta das 7h da manhã e destruiu a loja. Foi preciso 3h de trabalho dos bombeiros para que as chamas fossem controladas. Período em que a fumaça pode ser vista por praticamente todas as regiões da cidade e causaram susto.

No total, os militares usaram 400 mil litros de água para 3,8 mil m² de área construída. Metade dos litros foram para conter as chamas e o restante para o rescaldo de hoje. Pela manhã desta sexta-feira, os bombeiros retornaram a loja e a avenida Costa e Silva chegou a ficar parcialmente interditada durante toda a manhã.

A energia na região foi desligada por medida de segurança das 8h até às 18h de ontem. Os bombeiros ficaram até 21h30 desta quinta-feira no local para apagar todos os focos e trabalharam com dois geradores para o combate externo e ao todo nove viaturas de incêndio.

Sobre a informação da falta de estrutura dos bombeiros, o tenente coronel Francimar Vieira da Costa negou, dizendo que não existe nada disso. “Está tudo ótimo que eles tem todo aparato”, argumentou.

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