Capital

Bandidos que colocaram fogo em vigia devem ser transferidos para presídio

Paula Vitorino | 03/09/2012 14:11
Irmão de vigia diz que bandidos são monstros. (Foto: Minamar Júnior)
Irmão de vigia diz que bandidos são monstros. (Foto: Minamar Júnior)

Os jovens Erick Vinícius dos Reis Belga, 21 anos, e Kleiton Alef Santos Nascimento, 19 anos, que atearam fogo no vigia Evaldo Justino da Silva, para roubar uma obra, devem ser transferidos para o presídio nesta quarta-feira (5).

“Eles estão com a prisão preventiva e irão pro presídio. A defesa ainda pode entrar com pedido de habeas corpus, mas cabe a Justiça a decisão, que dificilmente deve ser favorável por conta da longa ficha criminal deles”, diz o delegado Fábio Peró.

Os dois têm passagens por roubo, furto, lesão corporal e porte de arma. Eles estão presos na Derf (Delegacia Especializada na Repressão de Roubos e Furtos) após confessaram o crime que aconteceu na madrugada do dia 25 de agosto, no bairro Jardim Anache.

Na próxima quinta-feira (6) o inquérito policial será concluído. Kleiton será indiciado por roubo e Erick por roubo qualificado e lesão corporal grave.

De acordo com o delegado Fábio Peró, os policiais estão tentando recuperar a bicicleta e o celular roubados da vítima.

Justiça - Para a família do vigia Evaldo Justino da Silva, de 41 anos, a prisão dos rapazes é uma esperança de Justiça.

“A gente espera que não sejam soltos. Se saírem vão voltar a fazer a mesma coisa”, diz o irmão Aparecido da Silva.

Mas ele afirma que “a vida do meu irmão foi destruída” e nada pode devolver isso. “São monstros, quem faz isso é sim mostro”, diz lembrando que o rosto do irmão ficou totalmente queimado, sendo que 40% do corpo sofreram queimaduras.

Aparecido também diz que o irmão está com medo e teme que os bandidos sejam soltos.

Conhecidos - Aparecido diz que era colega de bairro dos dois autores e que eles eram velhos conhecidos por arrumar encrenca.

Ele também afirma que no dia do crime, Erick brigou com o pai durante a tarde e saiu de casa sob efeito de drogas, já com a lata de tiner.

Aparecido garante que o líquido foi levado para o local pelos próprios autores.

O irmão também acredita que os jovens colocaram fogo em Evaldo por simplesmente maldade.

“Ele ouviu o barulho na obra, aí deu de cara com os bandidos, que o ameaçaram com um facão”, diz.

Recuperação - Evaldo saiu no sábado do CTI e está se recuperando aos poucos. “Pode levar meses a recuperação”, diz o irmão.

Ele está com 40% do corpo queimado e a preocupação agora é para evitar infecção.

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