Capital

Avós são acusados de agredir netos com pedaço de pau

Delegada responsável pelo caso irá instaurar inquérito e ouvir os envolvidos ainda esta semana

Rosana Lemes e Bruna Marques | 12/04/2022 14:10
Pai enviou fotos das agressões no corpo de uma das crianças
Pai enviou fotos das agressões no corpo de uma das crianças

Dois irmãos, de 4 e 7 anos, denunciaram maus tratos por parte dos avós maternos e da mãe, no bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, em Campo Grande. Imagens mostram hematomas nas pernas de um dos garotos e cortes. Em uma delas é possível ver um ferimento com sangue. As crianças ficavam na casa dos avós, enquanto a mãe trabalhava.

De acordo com informação da titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Fernanda Félix, inquérito será instaurado nesta semana e todas as partes serão ouvidas. O Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) pediu 45 dias para entregar o relatório completo sobre as agressões.

Ainda segundo ela, as duas crianças passaram por atendimento psicossocial. O menino de 4 anos não conseguiu falar nada por conta da idade, já a menina confirmou a agressão por parte da avó.

A menina disse que já apanhou de pedaço de pau, lixa de pé e cinto. Questionada sobre o motivo das agressões, ela disse à psicóloga que “tinha que ficar o dia todo sentada, quietinha”.

O pai das crianças, vendedor de 35 anos, é separado da mãe delas há oito meses e registrou um boletim de ocorrência no dia 21 de março por maus-tratos. Até o dia 4 de abril, as crianças estavam com medidas protetivas de urgência. Nesse período, o casal ficou sob a responsabilidade do pai, mas quando a ordem de afastamento foi revogada, o pai relata que a mãe invadiu a casa da babá e levou as crianças. Desde então, ele luta na Justiça pela guarda dos filhos.

Além dos relatos de maus-tratos por parte dos avós, o registro policial relata agressões do tio das crianças. A menina disse ao pai que sofria beliscões e puxões de cabelo, já o irmão era colocado de cabeça para baixo. O avô das crianças, com quem elas passam a maior parte do tempo tem sete passagens por violência doméstica. 

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