Capital

Atacadão aplica neutralizador de odores para acabar com "cheiro insuportável"

Moradores da região da Duque de Caxias reclamaram de moscas e odor de comida estragada vindo dos escombros do atacadista

Laiane Paixão | 28/09/2020 09:06
Atacadista foi cercado e trabalho interno continua para remoção de resíduos. Foto: (Marcos Maluf)
Atacadista foi cercado e trabalho interno continua para remoção de resíduos. Foto: (Marcos Maluf)

Após 15 dias do incêndio de grandes proporções que destruiu o Atacadão da Avenida Duque de Caxias, o trabalho agora é de limpeza e remoção dos alimentos estragados. Com isso um forte odor se espalhou na vizinhança, gerando uma série de reclamações enviadas no fim de semana oa Campo Grande News.

Em nota, a assessoria do atacadista lamenta os transtornos causados aos moradores e informa que reforçou os procedimentos de segurança e higiene no local. " Todos os resíduos estão sendo retirados", garante a empresa. 

Para amenizar o cheiro ruim das toneladas de alimentos estragados e afastar insetos, o Atacadão garantiu que usa produtos químicos e armadilhas. "Aplicamos um neutralizador de odores e instalamos armadilhas para captura de moscas", pontuaram. 

Amontoado de produtos parcialmente queimados no Atacadão (Foto: Henrique Kawaminami)

Incêndio - Até hoje o atacadista não divulgou a quantidade de produtos perdidos, mas na inauguração do prédio, há 8 anos, a estimativa era de 10 mil itens à venda. 

No dia 13 de setembro, o fogo acabou com boa parte do estoque. O que sobrou, também teve de ser descartado por condição imprópria ao consumo. 

As chamas tomaram conta de toda a loja e área de descarga e exigiram 900 mil litros de água no combate. Os trabalhos de combate e rescaldo duraram 96 horas, começando por volta das 17h do dia 13 e finalizando no dia 18 deste mês. 

Inaugurada em 2012, a unidade de 6 mil metros quadrados recebeu investimento de R$ 34 milhões para a construção. Até agora não foi informado o prejuízo e quantas toneladas de produtos foram perdidos.

Ontem, via Canal Direto das Ruas, vizinhos reclamaram de outro efeito do desastre, o cheiro insuportável, potencializado pelas altas temperaturas.

Sem conseguir se manter em casa, Valter Jeronymo, de 51 anos, falou também das moscas varejeiras que atormentam a região. “Acordei assim, com cheiro de carniça e inseto porque moro atrás do mercado. Está tão insuportável que precisamos sair daqui, tentamos de tudo para melhorar e não adianta”, explicaou

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