Capital

Assustada com violência, família de jovem morta com tiro prefere silêncio

Parentes e amigos esperam chegada de corpo para a despedida de Victoria

Anahi Zurutuza e Amanda Bogo | 19/07/2016 15:27
Familiares esperam para velar o corpo de Victoria (Foto: Amanda Bogo)
Familiares esperam para velar o corpo de Victoria (Foto: Amanda Bogo)

Assustados com tamanha violência e muito abalados, familiares e amigos de Victoria Correia Mendonça, de 18 anos, morta com um tiro na cabeça na madrugada desta terça-feira (19), preferiram o silêncio. Parentes da jovem estão reunidos para o velório no cemitério Memorial Park, mas ainda esperam a chegada do corpo.

Uma testemunha contou à polícia que Victoria discutia com uma mulher na frente da casa da vítima na rua Luiz Bento, na Vila Popular – região oeste de Campo Grande –, quando foram feitos cinco disparos. Thamara Arguelho, 21 anos, é apontada por testemunhas como suspeita de ter cometido o crime.

A motivação do crime seria ciúmes, porque as duas manteriam relacionamentos com o mesmo rapaz. A suposta autora do assassinato teria fugido em uma moto logo depois de matar a rival.

Assim como foi de manhã, no velório, familiares preferiram não falar com a imprensa. Apenas uma vizinha deu declarações, mas sem revelar o nome. “Está todo mundo muito assustado, abalado. A Victoria era uma menina tranquila. Conversava com os amigos, mas era mais fechada com estranhos. A gente não sabe de nada sobre esse relacionamento, sobre este rapaz”.

Mais cedo, outra conhecida da garota assassinada, que preferiu não se identificar, disse ao Campo Grande News que Victoria namorava um rapaz chamado “Banana”, que cumpre pena em regime semiaberto e eles desconfiam que o rapaz seja o pivô do homicídio.

Jovem foi morta com tiro na cabeça em frente de casa (Foto: Reprodução/Facebook)

Ameaças – Thamara fez ameaças à vítima pelo Facebook, meses antes do crime. Em uma delas, no dia 8 de abril deste ano, a suspeita xinga Victoria e questiona o fato de o garoto ter bloqueado ela no Facebook.

Pela manhã, muito abalado, o pai da vítima Sandro Gamarra, que trabalha como guarda municipal, disse que nunca soube que a filha recebia ameaças, nem que namorava com o garoto que também teria um relacionamento com outra mulher.

O pai estava dormindo no quarto, quando a filha foi alvejada na porta de casa. “Ela foi morta dentro de casa, eu acho que quando a menina deu tiros ela correu”, disse Gamarra.

Nos siga no