Capital

Assetur participa do PAC Mobilidade ou perde concessão, afirma Rudel

Ítalo Milhomem | 01/08/2011 12:12
Nelsinho e Rudel afinam discurso sobre ultimato contra Assetur (Foto: João Garrigó)
Nelsinho e Rudel afinam discurso sobre ultimato contra Assetur (Foto: João Garrigó)

O diretor presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Rudel Trindade Júnior afirmou que a procuradoria jurídica do município vai dar duas alternativas para Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande).

“Tem dois rumos. O primeiro é de procurar um consenso para trabalhar com esses investimentos e que aconteçam como a prefeitura quer, junto com as propostas da Assetur. Dentro dessas propostas o prefeito exclui o aumento da tarifa e a prorrogação de prazo da concessão. A segunda questão é que a Assetur tem todo o direito de dizer que não quer, não concorda com a proposta. Aí nós vamos buscar uma saída jurídica e até pode ser judicial, que encerre este contrato. Vamos pegar nossos advogados, os advogados deles e acabar com esse contrato”, explica Rudel.

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) também deu declarações na mesma sintonia de Rudel. Ele afirmou nesta segunda-feira (1), que o impasse para implantação dos corredores de ônibus em Campo Grande, orçados em R$ 290 milhões do PAC de Mobilidade Urbana terá um fim ainda está semana.

Com o ultimato do prefeito, a Assetur terá de definir se entra no projeto ou perde a concessão do transporte coletivo da Capital. A empresa teria que investir cerca de R$ 40 milhões em uma nova frota para atender a demanda do projeto.

“Essa semana vai ter uma reunião com Assetur já para eles darem uma resposta definitiva. Mas uma coisa eu te falo e asseguro, nós não vamos abrir mão destes recursos. O que tiver que ser feito, vai ter que ser feito. Eles já sabem disso, eles estão fazendo as contas para saber como vão fazer, descartado o aumento da tarifa, descartado qualquer outra situação que venha impactar no bolso de quem usa. Agora que eles vão ter que fazer parte dele, vão. O município faz quando pega dinheiro e tem que dar contrapartida alta. Ou seja todo mundo faz sua parte. Um recurso desta montada jamais você ter chance de buscar de novo. Eles vão ter que achar a solução e nós testamos desenhando isso junto com eles”, comentou Nelsinho.

O presidente da Assetur, João Rezende, afirma que aguardará a reunião com Nelsinho programa programada para esta semana para definir o assunto, mas disse que as empresas estão dispostas a negociar a melhor forma de continuar com a concessão do transporte coletivo da Capital.

“Estamos aguardando a reunião com a nova manifestação da prefeitura, porque não temos nada de novidade da última tratativa com a prefeitura. Mas temos que ter cautela, porque é um assunto delicado, mas não perdemos a disposição de dialogar com a prefeitura e buscar um acordo. São anos de boa relação com a prefeitura de Campo Grande”.

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