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Às vésperas do primeiro ano, Yago enfrenta nova batalha no hospital

O bebê, que só foi para casa após 7 meses e 21 dias internado após gestação inédita em Mato Grosso do Sul, está com pneumonia

Anahi Zurutuza e Thailla Torres | 26/03/2018 10:00
Yago, em dezembro do ano passado, quando foi tema de matéria do Campo Grande News sobre a "volta por cima" (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Yago, em dezembro do ano passado, quando foi tema de matéria do Campo Grande News sobre a "volta por cima" (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Às vésperas de completar 1 ano, o menino Yago, o menino sobrevivente, teve de voltar ao hospital. O bebê, que só foi para casa após 7 meses e 21 dias internado após gestação inédita em Mato Grosso do Sul, está com pneumonia.

A família já havia marcado a festinha de aniversário para Yago para o sábado, mas teve de cancelar. “Ele está começando a se recuperar agora”, explica o pai, Eduardo Noronha, de 25 anos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, o hospital que foi a morada de Yago, o menino foi internado na terça-feira passada, dia 20.

Ele respira com ajuda de uma máscara de Venturi – que libera fluxos programados de oxigênio e se alimenta por sonda. Ainda conforme a assessoria, Yago já saiu da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e agora se recupera numa enfermaria intermediária.

Idas e vindas – A primeira vez que Yago teve de voltar ao hospital faziam 8 dias que ele estava em casa, em novembro do ano passado. Ainda no processo de aprender a mamar, o bebê engasgou com o leite e precisou ficar por um tempo no oxigênio.

Entre as idas e vindas ao hospital, família descobriu um problema mais grave. Ele é portador da Síndrome de West, doença rara que acomete bebês prematuros.

Yago recebe tratamento para controlar os espasmos característicos da síndrome - um tipo grave de epilepsia que se manifesta geralmente no primeiro ano de vida.

Luta desde antes de nascer - Yago nasceu de 27 semanas, da barriga de uma mãe em morte cerebral. Durante o período que ficou internado, passou por 3 cirurgias, uma de hérnia, uma no olho e outra cardíaca. Ficou na incubadora até ter condições de respirar sozinho e de se alimentar.

O menino saiu do hospital com 3,5 quilos e 51 centímetros, o tamanho de um bebê recém nascido.

A mãe, Renata Souza Sodré, 22 anos, foi mantida viva, ligada aos aparelhos, até que a criança tivesse condições de nascer, o que aconteceu no dia 30 de março de 2017.

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