Capital

Arquitetas da Bolívia visitam obras do Reviva para levar de modelo

Grupo de profissionais quer levar a experiência do projeto para outros lugares

Leonardo Rocha e Mirian Machado | 30/03/2019 14:52
Arquitetos e técnicos da prefeitura estiveram na vistoria (Foto: Henrique Kawaminami)
Arquitetos e técnicos da prefeitura estiveram na vistoria (Foto: Henrique Kawaminami)

Três arquitetas da Bolívia e duas de São Paulo visitaram hoje (30), a obra do Reviva Centro, que está sendo conduzida pela Prefeitura de Campo Grande. A intenção do grupo é apresentar o projeto de revitalização do centro da cidade, em uma amostra internacional, no Azerbaijão.

A arquiteta boliviana, Julieta Santi, de 37 anos, disse que o objetivo do grupo é conhecer a obra, para levar esta experiência para outros locais. “Temos situações comuns, como a renovação do canteiro, assim como serviços básicos. Muitas vezes fazemos projetos que não saem do papel, por problemas da gestão pública”, disse ela.

Julieta disse que o grupo busca unir a arquitetura patrimonial, com a atual. “Casas reestruturadas, reformas em negócios de restaurantes, para não perder a história e fazer parte da atualidade. Estamos vendo um pouco do Brasil em cada uma destas cidades e aprendendo com isto”, ponderou.

A comitiva faz parte da União Internacional de Arquitetos. O grupo percorreu a Rua 14 de Julho. O grupo ainda vai levar o projeto que está em execução na cidade, no Congresso Internacional de Arquitetos, no Rio de Janeiro, em 2020.

“Na semana passada vieram conhecer a obra, arquitetos e engenheiros de todo País, o que mostra que nosso projeto é moderno e tem qualidade. Foi fruto de muita coragem e ousadia”, disse o prefeito Marquinhos Trad (PSD), durante a visita.

Obra na Rua 14 de Julho em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Projeto - Um dos responsáveis pelo projeto, César Fernandes, disse que a revitalização na área central tem a intenção de melhorar e recuperar o comércio local. “Precisou de uma grande intervenção, porque o centro sofreu com a degradação do tempo e teve a competição de outros locais, como shopping”.

Fernandes disse que a obra quer “resgatar” a segurança e conforto para as compras. “Sabemos que gera polêmica, porque vai diminuir vagas de estacionamento e atrapalha o comércio, mas a nossa estratégia é que a obra seja mais intensa neste momento que é mais tranquilo”.

Obra - A obra está na metade, com 55% executados, e R$ 26 milhões pagos. O contrato ainda não teve alterações. Financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Reviva Centro começou em 4 de junho de 2018 e tem previsão contratual de término em 5 de março de 2020. Uma possibilidade é antecipar a conclusão do calçadão para começo de dezembro.

Ao todo, são 12 quadras da 14 de Julho, principal via do comércio da Capital de Mato Grosso do Sul, que correspondem a 1.400 metros. Na obra, a fiação é toda subterrânea. Depois, será feito o pavimento e começam as intervenções de paisagismo, com árvores do Cerrado, instalação de bancos para espaços de convivência. Tratada como um shopping a céu aberto, com prioridade para o pedestre.

A obra do Reviva Centro tem fiscalização da prefeitura de Campo Grande; da Consulgal, empresa portuguesa de serviços de consultoria de engenharia e gestão de empreendimentos; auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado); e vistoria mensal do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

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