Capital

Arquibancada fica lotada, mas sem as esperadas manifestações patrióticas

População chegou cedo para garantir lugar nas arquibancadas montadas ao longo da Rua 13 de Maio, mas poucos de verde e amarelo

Silvia Frias e Fernanda Palheta | 07/09/2019 08:47
Arquibancadas lotadas desde às 6h na Rua 13 de Maio, em Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)
Arquibancadas lotadas desde às 6h na Rua 13 de Maio, em Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)

Pouco depois das 6h, as arquibancadas já começaram a ficar lotadas ao longo da Rua 13 de Maio, na região central de Campo Grande, todos à espera do desfile do dia 7 de Setembro.

Agora, só tem lugar na calçada. A arquibancada que se estenda na Rua 13 de Maio, da Dom Aquino até depois da Avenida Afonso Pena já está lotada. A maioria não aderiu ao verde e amarelo pedido pelo governo federal, mas também não entrou na polêmica, com pouca adesão ao preto. O patriotismo ficou mais concentrado nas bandeirinhas com o símbolo do Brasil distribuídas à população. Porém, também foram distribuídas bandeiras referente ao período pós Independência.

A professora Antônia Rocha, 30 anos, chegou por volta das 6h30 e disse que o local já estava lotado. Ela veio com o marido, integrante do Exército e que irá desfilar. Vestida de preto, disse que não teve intenção de fazer protesto, mas escolheu a roupa porque era a única disponível que facilita a amamentação. “Acho que é um dia importante para preservar a tradição, mostrar quando o Brasil deixou de ser colônia de Portugal”.

Antônia foi de preto, mas sem intenção de protestar (Foto: Kisie Ainoã)
Bandeiras foram distribuídas ao longo da Rua 13 de Maio (Foto: Kisie Ainõa)

A policial militar Elisângela Camila, 44 anos, estava com a filha, Camila, de 15 anos, na arquibancada e também aguarda para ver o marido, guarda municipal, desfilar. As duas escolheram o verde e amarelo para o evento, “em apoio ao patriotismo e ao governo”.

Sem lugar na arquibancada, familiares e amigos da auxiliar de armazém Edneia Samuel de Araújo Alencar, 36 anos, escolheu a calçada da Rua 13 de Maio, quase esquina com a Dom Aquino. Apesar do local improvisado, eles foram preparados com banquinhos, toalha, suco e tereré. Este ano, Edneia veio ver o filho desfilar pelo projeto Cidade dos Meninos. “Desde pequeno ele gosta de assistir, este ano, participa”, contou.

Edneia disse que não sabia da convocação do uso de verde e amarelo, nem do protesto, que seria usar preto. “Estava por fora, mas, se soubesse, viria de verde e amarelo”.

Muitos levaram banquinhos para garantir confoto durante o desfile (Foto: Kisie Ainoã)
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