Capital

Arcebispo Dom Dimas afirma que diminuição de católicos já era esperada

Paula Vitorino e Fabiano Arruda | 26/08/2011 10:42

A perda de cerca de 8% dos fiéis que se dizem católicos em Mato Grosso do Sul é tida como algo já esperado para o chefe da Igreja em Campo Grande, o arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa. “Essa é uma tendência que já se mostrava no país há 25 anos”, justifica.

Com naturalidade e sem rugas de preocupação, ele completa dizendo que a situação pode ser percebida mais claramente nos últimos anos, desde 2000. E afirma que a Igreja Católica precisa intensificar o serviço missionário, com a evangelização em todos os meios.

Os dados foram revelados nesta semana no "Novo Mapa das Religiões" traçado pela pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vagas). Segundo o levantamento feito com base no ano de 2009, a população de católicos no Estado caiu de 71,96%, em 2003, para 63,70%.

Mas ainda assim o montante populacional de católicos permanece equivalente a outra pesquisa, com o número de fiéis próximo a 1,5 milhão.

De acordo com a pesquisa, o catolicismo perdeu fiéis para a religião evangélica, que também é cristã, e para os que se dizem sem nenhuma religião. Desde 2003, os evangélicos cresceram de 18% para 25%, o que representa o aumento de 392 mil para 597 mil fiéis.

Já o número de pessoas que se declaram sem religião aumentou de 128 mil para 143 mil, o que representa 6,07%.

O bispo explica que essa distribuição maior de fiéis para a igreja evangélica é “o normal”. No entanto, ele chama a atenção para o aumento de pessoas sem religião e de pessoas que se dizem evangélicas, mas não tem uma igreja oficial.

Dom Dimas também explica que a migração de crenças no MS e em outros estados de fronteira é mais destacada pelo trânsito cultura.

“Isso fica mais destacada aqui e na fronteira por conta do desapego cultural, existe uma movimentação humana muito grande nesses estados, um trânsito cultural”, explica.

O arcebispo comentou sobre a pesquisa nesta manhã, enquanto assistia o Desfile Cívico do aniversário de 112 anos de Campo Grande.

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