Capital

Após suspensão, prefeitura põe equipe “solitária” para tapar buracos

Aline dos Santos | 16/09/2015 13:10
Equipe fez tapa-buraco na rua Afonso Lino Barbosa. (Foto: Fernando Antunes)
Equipe fez tapa-buraco na rua Afonso Lino Barbosa. (Foto: Fernando Antunes)
Serviço também foi feito na rua Oswaldo Arantes Filho. (Foto: Fernando Antunes)

Após anunciar a suspensão do serviço de tapa-buracos por dificuldades financeiras, a Prefeitura de Campo Grande botou apenas uma equipe na rua para atender a cidade, que tem 2.800 quilômetros de vias pavimentadas. A reportagem encontrou os trabalhadores, que informaram ser da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), na Chácara Cachoeira, região nobre da Capital.

Com dois caminhões e um rolo de compactação asfáltica, a equipe executava serviços pelo bairro. Primeiro na rua Afonso Lino Barbosa e, em seguida, na Oswaldo Arantes Filho. O responsável pelo tapa-buraco não quis dar entrevista.

A reportagem apurou que a única equipe foi designada para atender pontos críticos e nesta quarta-feira, já havia passado pela rua Alegrete, avenidas Afonso Pena e Ministro João Arinos, essa última na saída para Três Lagoas.

A suspensão do tapa-buraco foi divulgada em 10 de setembro como medida para amenizar déficit de R$ 30 milhões. Contudo, a decisão do prefeito Alcides Bernal (PP), que reassumiu em 25 de agosto, convergiu com o fim da estiagem.

A chuva, que já é recorde para o mês de setembro em Campo Grande, espalha buracos e crateras pelas vias. A “buraqueira” traz riscos de acidentes e danos materiais aos veículos. A prefeitura havia destinado no orçamento deste ano o valor de R$ 136,8 milhões, com recursos próprios, para manutenção preventiva e corretiva de vias urbanas.

Em julho, seis meses após denúncia de buraco “fantasma”, a gestão municipal informou que assumiria o tapa-buraco, executado por empresas terceirizadas. A reportagem solicitou informação sobre o serviço à assessoria de imprensa da prefeitura.

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