Capital

Após ser expulso, agente penitenciário faz disparos em casa noturna

Testemunhas contaram à Polícia que intenção do servidor era matar segurança

Nadyenka Castro | 01/11/2012 08:45
Pistola e identidade funcional do agente penitenciário. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Pistola e identidade funcional do agente penitenciário. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O agente penitenciário Paulo Sergio da Rocha, 30 anos, atirou em frente à Valley Pub, em Campo Grande, na madrugada desta quinta-feira após ter sido expulso do lugar. De acordo com o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, o servidor foi autuado em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e disparo e para sair da prisão precisa pagar fiança de R$ 5 mil.

Conforme o delegado, testemunhas contaram que o agente se envolveu em uma briga na casa noturna antes da 1 hora, foi expulso do local e ao tentar retornar, atirou. Paulo Sérgio diz que estava indo embora, foi abordado e por estar sob ameaça de morte, fez o disparo.

A confusão começou quando o servidor discutiu com o acompanhante de uma jovem com a qual ele já havia tido relacionamento amoroso. Seguranças o expulsaram, ele foi até a camionete dele, pegou a pistola calibre 380, tentou entrar na casa e, como não conseguiu, atirou.

A munição bateu no chão e parte dos fragmentos atingiram a parede da frente do estabelecimento. Ninguém foi atingido, mas, quem testemunhou a cena sentiu medo. “Tinha muita gente.Causou pânico nas pessoas”, relatou o delegado.

Testemunhas declaram que a intenção do agente penitenciário era encontrar o segurança que o expulsou. ““As testemunhas afirma que ele se tivesse encontrado [ o segurança] com certeza teria acontecido coisa pior”, diz Camilo Cavalhero.

Após o disparo, o servidor fugiu do local e foi preso pela PM (Polícia Militar) quando chegava na casa dele, no Jardim Leblon.  Ele estava visivelmente embriagado, de acordo com a Polícia. Junto ao pé dele, na camionete, estava a pistola, com 13 munições intactas, mais uma na câmara. No veículo havia ainda uma caixa de munições com 20, todas intactas.

Sérgio confirmou à Polícia Civil que fez o disparo , mas contou versão diferente da relatada por quem presenciou a situação. Segundo ele, quando ia embora, foi abordado por dois rapazes que chutaram a camionete e disseram que eram de facção criminosa. Por causa disso, desceu do carro e atirou.

Foi feita perícia no local da confusão e o projétil foi recolhido. A pistola será submetida à análise pericial. Sérgio tem porte da arma, mas, o documento está vencido desde março.

Advogado do agente, Marcelo Radaelle diz que Sérgio tem recebido ameaças de morte. Ele afirmou que a fiança será paga.

Funcionários da casa noturna afirmaram que Sérgio constantemente causa confusão na casa, se identifica como policial e é sempre o último a ir embora.

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