Após seis dias lutando por vaga, agora idosa aguarda por ambulância do Samu

Quando não é um problema, é outro. O caos na gestão da saúde pública tem feito dona Zilda Pereira de Abreu, de 90 anos, agonizar na espera pelo atendimento adequado no SUS (Sistema Único de Saúde) há seis dias.

Internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), do Bairro Leblon, desde a última terça-feira (27) à espera de vaga em um hospital para realizar um ecocardiograma, a idosa agora necessita do transporta adequado.

“A vaga dela saiu nesta madrugada, às 2h30, para o Hospital Regional. Mas não tem ambulância do Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência] disponível para levar ela. O posto da saúde disse que podemos levar por conta própria se assinarmos um termo, mas ela não tem condições nem de sentar na cadeira de rodas”, conta a neta da idosa, Laura de Abreu Gamboa.

Diabética, dona Zilda está com água no pulmão e sopro no coração. Ela precisa passar por exames médicos para conseguir se recuperar. O caso de Zilda é considerado grave pelos médicos da unidade, o que significa que sua condição requer atenção imediata.

“Se ninguém nos ajudar, eu vou perder minha avó por falta de um atendimento decente e necessário", diz Laura. A idosa continua na UPA até o final da manhã deste domingo (2). 

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mas até o momento não houve um retorno.