Capital

Após recomendar fim da 5ª Gospel, MPE abre inquérito para investigá-la

Lidiane Kober | 06/11/2014 18:35

Após recomendar o fim da 5ª Gospel, o MPE (Ministério Público Estadual) confirmou, nesta quinta-feira (6), conforme publicação no Diário Oficial, a abertura de inquérito civil para investigar suspeita de improbidade administrativa na realização do evento.

Na divulgação da instalação do procedimento, o MPE cita o nome do prefeito Gilmar Olarte (PP) e coloca sob suspeita a “utilização de verbas públicas para a realização de evento destinado a privilegiar grupo religioso, em desatendimento à laicidade inerente à Administração Pública e ao Princípio da Impessoalidade”.

A investigação foi instaurada pela 29ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande e será comandada pelo promotor Gerson Eduardo de Araujo.

A suspensão da 5ª Gospel já foi pedida em ação judicial pela 67ª Promotoria de Justiça, mas ainda não houve decisão. Antes do processo, a promotoria também publicou recomendação para que a prefeitura deixasse de realizar o evento.

A polêmica surgiu após veto da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) a realização de um show da cantora Rita Ribeiro, artista espírita e que apresenta o projeto Tecnomacumba. A reclamação é de que o show privilegia grupos evangélicos, religião do prefeito Gilmar Olarte (PP).

Conforme a nova recomendação, publicada ontem (5) pelo MPE, a postura do município foi discriminatória. O promotor também lembra que o evento foi realizado no dia 30 de outubro, mesmo num período de contenção de despesas. De acordo com a Fundac, o custo anual é de R$ 600 mil.

Procurada pela reportagem para se manifestar sobre a abertura do inquérito, a titular da Fundac, Juliana Zorzo, não atendeu as ligações telefônicas e nem retornou as chamadas até a publicação da matéria.

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