Capital

Após protesto, Semed avalia caso de professora acusada de ofender alunos

Pais afirmam que filhos não estão tranquilos para continuarem a frequentar aulas; novo ato foi marcado para esta sexta-feira

Humberto Marques | 13/09/2018 17:04
Pais estiveram na escola nesta manhã para protestar contra presença de professora. (Foto: Marina Pacheco)
Pais estiveram na escola nesta manhã para protestar contra presença de professora. (Foto: Marina Pacheco)

Após protesto realizado por pais de alunos da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, em Campo Grande, contrários ao retorno à sala de aula da professora Daniele Santana Gomes –acusada de ofender alunos chamando-os, entre outros nomes, de “gordos”–, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que “está verificando o caso”. Um novo ato deve ser realizado na escola, pelo mesmo motivo, na manhã desta sexta-feira (14).

Pais afirmam que seus filhos estão com medo de participar das aulas da professora e, diante da situação, pediram à Semed a saída de Daniele do quadro da escola. “Vai ter um novo protesto amanhã (sexta) depois do intervalo”, disse a mãe de uma estudante ao Campo Grande News. Segundo ela, sua filha está “em pânico” com a situação.

Daniele havia sido penalizada com advertência em 27 de agosto de 2018 por conta das ofensas a alunos, apuradas em sindicância da Semed. “Em atenção ao manifesto dos pais e responsáveis nesta quinta-feira a Secretaria de Educação está verificando o caso”, destacou a nota da pasta. A professora ficou afastada das funções por 60 dias, retornando hoje à sala de aula. Em protesto, pais e alunos compareceram à escola nesta quinta de preto.

Professora retornou à sala depois de advertência de 60 dias. Semed avalia reclamação de pais. (Foto: Reprodução)

A diretora da instituição conversou com os pais a fim de encontrar uma solução, sem sucesso. Pela manhã, a mãe de uma das alunas confirmou que procuraria a Semed a fim de encontrar uma solução para o impasse.

Melissa Oliveira, 39, disse que a professora cumprimentou os alunos e pediu para que entrassem em sala, mas os estudantes se negaram, sendo advertidos, então, que ficariam com falta. Além disso, Daniele teria “fechado a porta na cara da diretora e dos pais” –uma das queixas é que a professora tranca as portas das salas por dentro.

Depois, os alunos teriam aceitado ficar em sala apenas enquanto outra pessoa estivesse presente. A aula foi acompanhada por um coordenador. Mães que participaram do ato pela manhã também acusaram Daniele de fazer outros comentários depreciativos sobre seus filhos.

A professora também já foi alvo de reclamações por expor uma aluna por meio de redes sociais, conforme narra reportagem do Campo Grande News em junho deste ano.

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