Capital

Após incêndio no Planeta Real, fiação que "enfeia" Centro causa até medo

Gabriel Neris e Viviane Oliveira | 10/05/2013 08:37
Fiação exposta divide opiniões (Fotos: Marcos Ermínio)
Fiação exposta divide opiniões (Fotos: Marcos Ermínio)
Paulino pede que fiação seja subterrânea

Após o incêndio na loja da Planeta Real, que parou a avenida Afonso Pena, em Campo Grande, os comerciantes da área central voltam as atenções para a própria segurança e dos estabelecimentos que trabalham. Uma das preocupações é em relação às fiações elétricas, costumeiras causadoras de tragédias semelhantes a de terça-feira (7).

Com o programa Reviva Centro, a versão campo-grandense do Cidade Limpa em São Paulo, o emaranhado de fios e as deficiências ficam ainda mais visíveis. A Prefeitura prometeu enterrar os fios na região, mas, enquanto as obras não começam, a população olha a fiação "feia" com desconfiança e até medo.

Paulino Cardoso, de 31 anos, aluga som para os lojistas do Centro. Para o trabalhador, o incêndio evidencia que a região precisa de atenção da atual administração da Prefeitura. “A fiação é visível, dá para ver que é antiga”, reclama.

Cardoso diz que já esteve em Curitiba, capital paranaense, e que lá a fiação nas avenidas e ruas centrais é subterrânea. “Aqui deveria ser assim, a cidade está crescendo. A administração já deveria ter pensado em alguma coisa para revitalizar essa fiação na área central”, cobra.

O trabalhador diz ainda que o incêndio mostra na prática as condições de trabalho do Corpo de Bombeiros.

“Se com aquele incêndio foi correria, imagine se pegar fogo num prédio alto. Poderia acontecer uma tragédia maior”, salienta. Cardoso diz ainda que nunca viu as fiações passarem por manutenção.

Eryn Matson, de 28 anos, trabalha como segurança do Centro Comercial, localizado ao lado da Planeta Real, e que também foi atingido pelas chamas.

Kátia diz que ficou impressionada com incêndio

O segurança diz que não se preocupa com a fiação e também não acredita que isso possa contribuir num incêndio. “Os fios são todos revestidos, aguentam o calor. Não precisa de melhoria”, rebate.

Já a promotora de vendas Kátia Vilalba, de 25 anos, se incomoda. “A fiação é bem antiga, a gente tem receio, claro, depois do que aconteceu terça-feira. A gente fica pensando que qualquer hora pode acontecer um incêndio daquele”, diz Kátia, que vende chips de aparelhos celulares na banca de revista localizada em frente a Planeta Real.

Kátia diz ainda que ficou impressionada com a proporção do incêndio que tomou conta da loja. “Vi o quanto é desesperador. Os responsáveis deveriam fazer um projeto para mudar o tipo de fiação antes que aconteça uma tragédia maior”, acrescenta.

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