Capital

Após dois anos, Cidade dos Ônibus deve sair do papel nesta semana

Kleber Clajus | 08/07/2014 08:18
Anunciada em março de 2012, Cidade dos Ônibus  prevê investimento de R$ 50 milhões e não saiu do papel (Foto: Marcelo Victor / Arquivo)
Anunciada em março de 2012, Cidade dos Ônibus prevê investimento de R$ 50 milhões e não saiu do papel (Foto: Marcelo Victor / Arquivo)

Com atraso de mais de dois anos, a implantação da Cidade dos Ônibus deve começar a sair do papel nesta semana, ao se encaminhar para Câmara Municipal de Campo Grande termo de doação de 19 áreas destinadas a empresas interestaduais e intermunicipais de transporte. O empreendimento, com área de 20 hectares, deve resultar na criação de pólo empresarial na região das Moreninhas.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc), Edil Albuquerque, estima que até quinta-feira (10) os vereadores já possuam a relação das áreas a serem doadas e seus respectivos valores.

“As matrículas das áreas já estão definidas e nosso esforço é para que a doação seja aprovada antes do recesso parlamentar (no dia 17 de julho)”, comenta Edil, estimando aumento de 50% no valor previamente apresentado para a implantação do empreendimento..

Proposta pela iniciativa privada e anunciada em março de 2012, a Cidade dos Ônibus prevê investimento de R$ 75 milhões e abertura de 1,126 mil vagas de emprego. Ele inclui, além da concentração de garagens de ônibus em um único local, estrutura de oficinas, alojamentos, posto bancário e de combustível. Com isso, se retiram de circulação 600 veículos vazios que trafegam pela cidade, além da possibilidade da redução de custos com combustível e manutenção da frota.

Em março, o presidente do Rodosul (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), Oswaldo Possari, estimou que as obras devem ser concluídas em dois anos, após superados os entraves burocráticos como, por exemplo, a documentação do terreno. Ele ressaltou ainda que, estando operando o novo espaço, as garagens não pertencentes ao empreendimento poderão ter sua licença de funcionamento cancelada.

Em contrapartida, ainda não estão definidos os incentivos fiscais do Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social) para construção e operação das novas estruturas para as empresas do setor.

Doação de área – A área destinada a Cidade dos Ônibus foi recebida pela Prefeitura de Campo Grande da Anfer Engenharia, após operação consorciada. Com isso o empreendimento passou a integrar os 52 hectares existentes do Pólo Empresarial Sul Wilmar Lewandowsky, na região das Moreninhas.

O terreno foi doado pela construtora, pois esta optou investir em loteamento com três mil terrenos, de 360 m², com reserva de 16 áreas às margens do macroanel para instalação de oficinas de peças e serviços de veículos pesados, ônibus e caminhões. Ainda, conforme o acordo, o município recebeu 900 lotes destinados a construção de casas populares.

Quando efetivado o processo de transferência das 19 áreas da Cidade dos Ônibus, pela Câmara Municipal, o projeto poderá finalmente ter a chance de se concretizar.

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