Capital

Após distribuição de pizzas, vereadores decidem ajudar professores em greve

Ricardo Campos Jr. e Antônio Marques | 08/07/2015 13:53
Professores levaram mais de 50 pizzas para distribuição na Câmara (Foto: divulgação)
Professores levaram mais de 50 pizzas para distribuição na Câmara (Foto: divulgação)

Após a distribuição de pizzas em tom de protesto na Câmara Municipal, vereadores decidiram contribuir para o fim do impasse entre a Prefeitura e os professores. Parlamentares aproveitaram que o secretário de Governo Paulo Matos estava na Casa, para promoverem reunião com ele e o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves Alves.

Este é o 14º encontro entre o representante da categoria e o poder público, segundo o sindicalista. Os educadores lutam pelo cumprimento da Lei 5.411/2014, que garante o reajuste de 13,01%, determinado por lei sobre o piso nacional.

Ao final do encontro na Câmara, Matos e os vereadores assumiram o compromisso de conversar com o prefeito Gilmar Olarte (PP) ainda nesta quarta-feira (8) para que uma nova proposta seja elaborada e apresentada antes da reunião entre os professores e o MPE (Ministério Público Estadual), marcada para amanhã de manhã. "Dessa vez penso que vamos convencer o prefeito", comentou Delei Pinheiro com Geraldo Alves, na saída da Câmara.

O secretário de Governo havia ido até a Câmara para uma reunião com os parlamentares da base aliada. Gonçalves ao ocupar a Tribuna aproveitou para criticar a postura dos vereadores, por não terem se envolvido no debate para acabar com a greve.

Paulo Pedra (PDT) anunciou ao Plenário da presença de Matos na Casa, e chegou a ser cogitado um convite para que ele falasse publicamente aos professores que estavam na sessão e que faziam pressão para que Matos aparece no local. Um dos parlamentares que estava na reunião fechada, Delei Pinheiro (PSD) convidou o presidente da ACP para participar com eles a portas fechadas e explicasse a proposta dos professores à prefeitura.

Em razão da reunião paralela à sessão, não houve número mínimo de vereadores para o início da votação de projetos de leis e requerimentos e os trabalhos foram encerrados. Mesmo com o fim da sessão, os professores permaneceram no local até que Geraldo Gonçalves retornasse com uma resposta da conversa com o secretário de Governo.

Manifesto – As pizzas foram usadas para simbolizar o impasse entre os educadores e o poder público. O alimento foi distribuído para os funcionários da Câmara e motoristas que passavam em frente ao local.

Segundo a professora Elimar Cristina, na profissão há 22 anos, a ACP comprou 50 pizzas e os professores também levaram algumas de casa. Com cartazes informando os sabores com nomes dos vereadores, os educadores entregavam pedaços às pessoas que chegavam ao local para participar da sessão e quem passava na rua em frente à Câmara.

"Temos pizzas sabor Chocolate, Edil, Saraiva. Só sabores indigestos", afirmou a representante sindical, acrescentando que a finalidade é chamar a atenção da população, uma vez que os vereadores não estão ajudando no processo.

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