Capital

Após denúncia de farra com celulares, Agepen intensifica vistorias em presídios

Agência informou que setor de inteligência ainda trabalha para identificar presos

Clayton Neves | 27/09/2021 16:39
Encostado na parede, preso digita em celular tranquilamento durante banho de sol. (Foto: Direto das Ruas)
Encostado na parede, preso digita em celular tranquilamento durante banho de sol. (Foto: Direto das Ruas)

Após denúncia de farra de presos com celular na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) disse que reforçou as fiscalizações nos presídios de Mato Grosso do Sul para coibir a entrada e uso dos aparelhos. 

“Foram intensificadas as vistorias de rotina nas celas do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, assim como ocorre em outras unidades penais do Estado. A ação visa coibir a entrada de materiais ilícitos junto à massa carcerária”, informou a Agência em nota. 

Além disso, a Agepen segue com investigação aberta para identificar os presos flagrados em fotos, enquanto usavam tranquilamente o celular na Máxima. “A identificação dos internos das fotos ainda está em andamento com o serviço de Inteligência”, completa o texto.

Na sexta-feira (24), o Campo Grande News divulgou imagens em que pelo menos cinco presos aparecem usando celular durante o banho de sol na penitenciária. As cenas deixam claro que os presos se sentem livres para manter contato com o mundo exterior, sem precisar esconder os celulares nas celas.

No meio da quadra de esporte, detento segura celular sem qualquer fiscalização por perto. (Foto: Direto das Ruas)

Segundo dados da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), desde o início da pandemia, quando visitas foram vetadas nas penitenciárias, houve aumento no flagrante de pessoas tentando entrar com celulares nos presídios ou tentando arremessá-los para dentro das unidades. Nos cinco primeiros meses deste ano, houve aumento de 18,5%.

Entre janeiro e maio de 2020, o total de aparelhos apreendidos nos presídios sul-mato-grossenses foi de 1.079. No mesmo período, em 2021, foram exatos 200 a mais. 

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