Capital

Após carne estragada em creche, chefe da merenda pede demissão

Edivaldo Bitencourt | 06/09/2013 11:06
Bernal trocou o responsável pela merenda na rede pública após denúncia de carne estragada (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Bernal trocou o responsável pela merenda na rede pública após denúncia de carne estragada (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

Continua repercutindo a denúncia de que “carne moída com sebo” e “mau cheiro” foi servida para as crianças de Ceinfs (Centros de Educação Infantil) de Campo Grande. O superintendente de Abastecimento Alimentar da Secretaria Municipal de Educação, José Armando Matos de Araújo, pediu demissão do cargo.

A exoneração, “a pedido”, foi publicada na edição de hoje do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). Ele foi substituído por Willian Maachar, que ocupava o cargo de chefe do Grupo Orçamentário e Financeiro da Semed. A exoneração e nomeação foram publicadas na edição de hoje.

Araújo cai no dia seguinte à instauração de comissão de sindicância para apurar a denúncia, feita por uma professora da rede pública. O prefeito nomeou um grupo e deu prazo de 30 dias para apurar a denúncia e verificar a qualidade da carne servida na rede municipal de ensino.

Ontem, a Salute Distribuidora de Alimentos, também se manifestou sobre a denúncia. O advogado da empresa, André Borges Netto, afirmou que o problema é “pontual”, já que a empresa entregou, até o momento, 40 mil quilos de carne para 200 escolas e creches na Capital.

A Salute tem contrato emergencial com a prefeitura e vai receber R$ 4,3 milhões pelo período de seis meses. A empresa é investigada pela CPI do Calote da Câmara Municipal, já que não tem sede na Capital e reajustou o preço de alguns itens após vencer a licitação.

Nesta semana, uma equipe do Ministério da Educação está em Campo Grande para fiscalizar a qualidade da merenda servida na rede pública do município.

Na quarta-feira, o Tribunal de Contas do Estado aprovou inspeção extraordinária para averiguar os contratos emergenciais firmados com a Salute e MegaServ. A decisão foi aprovada por unanimidade pelo plenário do TCE. 

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