Capital

Após atrasos, hotel "padrão cinco estrelas" deve ficar pronto só em 2015

Aline dos Santos | 05/10/2013 10:33
Hotel terá 148 apartamentos, com foco no home office. (Foto: Marcos Ermínio)
Hotel terá 148 apartamentos, com foco no home office. (Foto: Marcos Ermínio)

Trezentos e trinta leitos, 148 apartamentos, suíte presidencial de 120 metros e 13.855 metros quadrados de área construída. Os números superlativos são do El Kadri Plaza Hotel, que vai abrir as portas entre fim de 2014 e começo de 2015.

Inicialmente, a previsão era concluir em 2012, mas, abandonado desde 1991, o projeto teve que passar por adequações para atender leis de acessibilidade e de combate a incêndio. Localizado na avenida Afonso Pena, entre 14 de Julho e a Calógeras, o imóvel de 18 andares pretende deixar no passado o estigma de esqueleto do Hotel Binder, que, projetado para ser um cinco estrelas, transformou-se em retrato de abandono e problema de saúde pública, como um gigante foco para o mosquito da dengue.

“A obra ficou parada por mais de 18 anos. Lá já foi o Cine Alhambra passou ao grupo Binder, depois, por circunstâncias outras não deram sequência e parou no tempo e no espaço, tinha problemas com INSS, Receita Federal, problemas burocráticos”, afirma Mafuci Kadri, proprietário do empreendimento.

Vista do heliponto, que vai receber torre de comunicação. (Foto: Marcos Ermínio)

O projeto é “tocado” pelo médico e os dois filhos. Kadri não revela valores investidos, mas, no mercado, uma obra desse porte é avaliada entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões. A reportagem do Campo Grande News visitou a construção, que está na última etapa de concretagem, em jargão da construção civil será o termino do “grosso”. Ou seja, com a estrutura básica concluída, entra em cena o acabamento.

Arquiteto e responsável técnico pela obra, Charbel Bacha conta que vem mais trabalho árduo pela frente. Só em banheiros, são 160 a receber revestimento, por exemplo. Também será feito elétrica e hidráulica. Na fase atual, são 29 operários na obra. Bacha explica que o hotel será compatível com quatro estrelas, no home office, modalidade de hospedagem para quem vem a cidade, principalmente, a trabalho. Um dos serviços é quarto com escritório.

A falta de leitos na rede hoteleira neste segmento fica evidente quando a cidade receve eventos no mesmo período. Campo Grande tem 5.280 leitos em hotéis, motéis, apart hotéis, pensões e albergues. No entanto, são necessárias pelo menos mais 3 mil para atender a demanda.

 

Segundo Charbel Bacha, obra entra na fase do acabamento. (Foto: Marcos Ermínio)
Mafuci Kadri assumiu projeto que estava parado desde 1991. (Foto: Marcos Ermínio)

Imponente - Nos dois subsolos, os estacionamentos vão comportar média de 80 veículos. Ao longo da torre, haverá restaurante e bar com vista privilegiada, piscina, saunas, salas de reuniões, academia e dois elevadores panorâmicos.

No 13º andar, a suíte presidencial tem escritório, apartamento, sala de estar, sala de jantar e um apartamento anexo. No topo, o heliponto será utilizado como base para torre de comunicação, diante do escasso número de helicópteros na cidade.

No setor de serviços, a cozinha segue especificações da Vigilância Sanitária. Desta forma, itens como frutas e hortifrútis serão higienizados logo ao dar entrada no hotel para, então, subirem, pelo elevador de carga. O imóvel deverá utilizar gás em vez de energia elétrica e vai tr três tanques para armazenar água da chuva, que será liberada de forma gradual. Em plena atividade, a estimativa é empregar 500 pessoas.

Vista de onde será a piscina. (Foto: Marcos Ermínio)
Hote terá dois elevadores panorâmicos. (Foto: Marcos Ermínio)
Espaço para conferências. (Foto: Marcos Ermínio)
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