Capital

Após anúncio, reunião traça estratégias para liberação de mosquito modificado

A primeira fase deve ser iniciada no segundo semestre desse ano, já a soltura dos mosquitos deve começar em 2020

Fernanda Palheta | 16/04/2019 18:25
Representantes do Ministério da Saúde, técnicos das secretarias municipais e estadual de Saúde e pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) se reuniram para traçar estratégias para a liberação do mosquito (Foto: Divulgação PMCG)
Representantes do Ministério da Saúde, técnicos das secretarias municipais e estadual de Saúde e pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) se reuniram para traçar estratégias para a liberação do mosquito (Foto: Divulgação PMCG)

Depois de ser anunciada como uma das três cidades de grande porte a utilizar o mosquito Aedes Aegypti modificado com a bactéria Wolbachia, Campo Grande se prepara para o início do projeto. Representantes do Ministério da Saúde, técnicos das secretarias municipais e estadual de Saúde e pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) se reuniram na tarde desta terça-feira (16) para traçar as estratégias de implementação do projeto.

O primeiro passo, segundo o pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, é o planejamento. O pesquisador explica que nesse processo é definido o território e a logística para a consulta e orientação da população. “Inicialmente é necessário que a população conheça e entenda qual a finalidade do projeto. Por isso é necessário que haja uma ampla divulgação em todos os setores, em especial entre as lideranças comunitárias e nas escolas”, diz.

Durante o anúncio do Ministério da Saúde, Luciano destacou a importância da conscientização da sociedade. "O apoio é muito importante porque porque é uma quebra de paradigma soltar mosquito para poder controlar vírus", ressalta.

Simultaneamente a mobilização deve ser a fase de criação dos mosquitos que devem ser posteriormente soltos na natureza em forma adulta ou de ovos, em pontos considerados estratégicos. Conforme pesquisadores da Fiocruz, a primeira fase deve ser iniciada no segundo semestre desse ano, já a soltura dos mosquitos deve começar em 2020.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, acredita que Campo Grande pode ser tornar referência para os estados e países vizinhos para uma futura difusão desta tecnologia. “A partir deste estudo, Mato Grosso do Sul pode se tornar referência e quem sabe o caminho seria investirmos em uma biofábrica para que possamos avançar ainda mais”, disse.

No encontro, foi iniciada a discussão da criação de um comitê gestor com integrantes do Ministério da Saúde, Fiocruz, secretarias municipal e estadual de saúde que será responsável por conduzir os trabalhos em Campo Grande.

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