Capital

Após 52 dias de greve de agentes, Justiça marca audiência para tentar acordo

Marta Ferreira | 25/02/2011 10:01

O desembargador Fernando Mauro Moreira Marinho marcou para o dia 2 de março audiência para uma tentativa de conciliação entre a Prefeitura de Campo Grande e os agentes de saúde e controle de epidemiologia que estão em greve desde o dia 4 de janeiro, há 52 dias.

A determinação está no processo movido pela prefeitura contra o Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública em Campo Grande), logo no início da paralisação, que teve decisão, no dia 12 de janeiro, considerando a paralisação ilegal e determinando a volta dos agentes ao trabalho.

Eles não voltaram, mesmo com a determinação judicial de pagamento de multa de R$ 25 mil com a decisão da Prefeitura de cortar os salários de mais de 250 grevistas, que não receberam pagamento este mês.

A Prefeitura também criou comissões para investigar a conduta dos agentes em greve e chegou a mudar as regras para a demissão de servidores em estágio probatório. A mudança já estaria programada, mas foi acelerada porque há servidores nessa condição entre os grevistas.

Desde que a paralisação começou, o secretário de Saúde, Leandro Mazina, e o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), tem mantido a posição de não negociar com os grevistas.

No despacho que determinou a realização de audiência, o desembargador orienta que devem ser apresentadas “propostas concretas”.

A greve é por reajuste. A categoria quer aumento dos salários de R$ 700,00 para R$ 2.100,00.

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