Capital

Após 11 dias internado no HU, jovem consegue cirurgia para voltar a andar

Alan Diógenes | 18/11/2014 14:36
Felipe estava internado há 11 dias aguardando cirurgia. (Foto: Reprodução/Facebook)
Felipe estava internado há 11 dias aguardando cirurgia. (Foto: Reprodução/Facebook)

Após ficar internado há 11 dias no HU (Hospital Universitário) de Campo Grande aguardando por uma cirurgia na perna, Felipe Pereira Lino, 25 anos, conseguiu passar pelo procedimento no começo da tarde desta terça-feira (18). Familiares do jovem denunciaram a demora do atendimento através da imprensa, pois o jovem corria o risco de ter trombose e até ficar sem andar.

Mãe do paciente, a jornalista Flávia Vicunã, disse que o filho sofreu um acidente de moto e precisava colocar pinos para se recuperar. Por não possuir plano de saúde, ele teve que ser levado para o HU.

“Nosso drama começou na chegada, foram 8h no pátio do HU esperando uma maca para retirá-lo do carro. Dois dias no corredor, passou por um procedimento chamado tração que serve para afastar as partes de ossos quebrados e assim evitar o atrito e a dor. Mas a cirurgia final que deveria ser realizada não foi e se fosse ele já estaria em casa há dias se recuperando”, explicou Flavia.

Flavia disse que o filho começou a ter feridas na pele por ficar muito imobilizado muitos dias sem poder levantar e andar. “ A pele ficou ferida, mas o pior é que ele não sentia mais o pé e começou a ter febre. Estagiários de fisioterapia alertaram para os riscos de uma trombose ou até mesmo para a perda do pé ou da perna pela fala de circulação. Ele estava com a perna suspensa e imóvel há 11 dias”, comentou.

Antes do caso ser noticiado na imprensa, os médicos e enfermeiros que cuidavam do paciente, disseram que a cirurgia dele teria sido remarcada para quinta-feira (20), por que nesta quarta-feira (19), haverá uma solenidade de inauguração no HU. “É inaceitável que uma solenidade oficial seja mais importante que a saúde de um trabalhador. Meu filho se acidentou trabalhando, durante o dia, é um chefe de família, tem uma filha menor. A situação dele podia até parecer um problema pequeno perto do que vemos e acompanhamos todos os dias, mas não é”, informou.

A família procurou a Defensoria Pública por várias vezes, a Assistência Social do hospital, a Sesau (Secretaría Municipal de Saúde) e o Governo do Estado, mas só conseguiu a cirurgia nesta terça-feira.

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