Capital

Apesar de reforço disponível, sistema dificulta vacinação de crianças na Capital

Mãe relatou que a filha não pôde ser vacinada pois sistema de registro da vacina não está liberado

Idaicy Solano | 29/05/2023 12:40
Profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A vacinação de reforço contra a covid-19 para crianças de 3 a 11 anos de idade já está liberada, mas pais e responsáveis enfrentam dificuldades para imunizar os filhos nas unidades de saúde de Campo Grande. Na manhã desta segunda-feira (29), a professora universitária Tais Tellaroli, 41 anos, relatou ao jornal que não conseguiu vacinar a filha, de 5 anos, porque o sistema não estava liberado para registrar o reforço no público infantil. 

Segundo relato da professora, ela foi até a USF (Unidade de Saúde da Família) do Bairro Universitário tentar vacinar a filha, que tomou a segunda dose da vacina há um ano, mas não conseguiu com que a criança fosse imunizada com a dose de reforço, porque o sistema de registro não está liberado. “Não deram o reforço porque eles iam aplicar e não iam poder lançar no sistema”.

Indignada, a professora procurou a reportagem para relatar o caso e reforça que tem observado que os hospitais estão lotados de pacientes com crises respiratórias, que acomete principalmente as crianças. “O problema é a vacina estar disponível, eu querer vacinar minha filha e eu não poder. A gente ter a vacina e não poder aplicar, isso é um absurdo”. 

A reportagem procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para questionar o porquê da indisponibilidade do sistema para lançar os dados de vacinação infantil, se o problema é pontual e se há previsão de quando será normalizado. Até a publicação da matéria, a secretaria não retornou o contato. 

Vacina bivalente - As vacinas bivalentes da Pfizer oferecem proteção contra a variante original do vírus causador da covid-19 e contra as cepas que surgiram posteriormente, incluindo a Ômicron, variante de preocupação no momento. 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância) reforça que a imunização continua sendo essencial no combate à covid-19, especialmente na prevenção de casos graves e mortes. 

O último balanço realizado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) revela que entre o público de 5 a 11 anos, 23,3% não tomou a segunda dose. 

Já as pessoas entre 12 a 34 anos, 23,8% não tomaram o primeiro reforço. Pessoas com 35 anos ou mais representam 53,78% da população que não tomou o segundo reforço. 

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