Com apito, agente conseguiu evitar fuga no presídio de segurança máxima
Policiais só desconfiaram de que algo estava errado porque ouviram o som do apito.
A tentativa de fuga de dois detentos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande poderia ter dado certo se não fosse um dos agentes penitenciários ter soado o alarme de que algo estava errado, utilizando um apito.
“Ele estava passando pelo pátio quando nos viu com os presos. Ele percebeu que estava acontecendo alguma coisa e apitou”, lembra o agente penitenciário que levou uma coronhada de Carlos Henrique da Silva, vulgo “Danone”, de 31 anos, ao ser rendido.
Foi após ouvir o apito que os policiais militares que ficam na “muralha” perceberam a tentativa de fuga e acionaram o alarme.
“Quando eles ouviram o apito, subiram na muralha e então eu ouvi um disparo de arma de fogo e logo em seguida os policiais também dispararam”, diz o agente, que pediu para não ser identificado.
A ação rápida comprometeu a fuga de Carlos Henrique e Adilson Pereira. “O apito é a única arma que nós agentes temos e ele usou como pode”, afirma o agente penitenciário.
Apesar do agradecimento dos colegas, o agente que percebeu primeiro a movimentação dos presos preferiu ficar calado, sem entrevistas. Ele prestou depoimento na tarde de hoje, mas se calou aos jornalistas, alegando cumprir ordens superiores.
Toda a ação, desde o momento em que os presos fingiram passar mal, até quando os policiais começam a atirar, envolveram três agentes penitenciários.
Dois deles foram abordados por Carlos e Adilson no pavilhão 4 da penitenciária (ala da saúde) e levados para o pátio que dá acesso a saída do presídio.
Um chegou a ser feito de refém junto com mais 9 pessoas. O terceiro agente, passava pelo pátio e percebeu a movimentação. “Eu trabalho como agente penitenciário há seis anos e nunca havia passado por algo assim”, diz o servidor que levou a coronhada.