Capital

Com apito, agente conseguiu evitar fuga no presídio de segurança máxima

Ana Paula Carvalho | 02/05/2011 19:10

Policiais só desconfiaram de que algo estava errado porque ouviram o som do apito.

Apito impediu fuga de preso (Foto: João Garrigó)
Apito impediu fuga de preso (Foto: João Garrigó)

A tentativa de fuga de dois detentos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande poderia ter dado certo se não fosse um dos agentes penitenciários ter soado o alarme de que algo estava errado, utilizando um apito.

“Ele estava passando pelo pátio quando nos viu com os presos. Ele percebeu que estava acontecendo alguma coisa e apitou”, lembra o agente penitenciário que levou uma coronhada de Carlos Henrique da Silva, vulgo “Danone”, de 31 anos, ao ser rendido.

Foi após ouvir o apito que os policiais militares que ficam na “muralha” perceberam a tentativa de fuga e acionaram o alarme.

“Quando eles ouviram o apito, subiram na muralha e então eu ouvi um disparo de arma de fogo e logo em seguida os policiais também dispararam”, diz o agente, que pediu para não ser identificado.

A ação rápida comprometeu a fuga de Carlos Henrique e Adilson Pereira. “O apito é a única arma que nós agentes temos e ele usou como pode”, afirma o agente penitenciário.

Apesar do agradecimento dos colegas, o agente que percebeu primeiro a movimentação dos presos preferiu ficar calado, sem entrevistas. Ele prestou depoimento na tarde de hoje, mas se calou aos jornalistas, alegando cumprir ordens superiores.

Toda a ação, desde o momento em que os presos fingiram passar mal, até quando os policiais começam a atirar, envolveram três agentes penitenciários.

Dois deles foram abordados por Carlos e Adilson no pavilhão 4 da penitenciária (ala da saúde) e levados para o pátio que dá acesso a saída do presídio.

Um chegou a ser feito de refém junto com mais 9 pessoas. O terceiro agente, passava pelo pátio e percebeu a movimentação. “Eu trabalho como agente penitenciário há seis anos e nunca havia passado por algo assim”, diz o servidor que levou a coronhada.

Fuga frustrada: Adilson Pereira não conseguiu fugir (Foto: João Garrigó)
Presidiario Carlos Henrique da Silva deu uma coronhada em um agente penitenciário (Foto: João Garrigó)
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