Antes de ser morto com três tiros, adolescente foi torturado, crê mãe
A mãe do adolescente Alex Thadeu Figueiredo Schois de Oliveira, 17 anos, acredita que o filho foi torturado antes de ser morto com dois tiros na nuca e uma na face, na madrugada do último domingo (14), em Campo Grande. A Polícia Civil não confirma as informações, no entanto, não descarta esta hipótese.
Segundo Jaqueline Brites Figueiredo, 42 anos, durante o velório ela teve acesso ao corpo e notou que o braço direito do adolescente apresentava ferimentos similares a queimaduras, assim como a mão direita que parecia ter sido esmagada por dentro. O roso dele também possuía outras lesões.
“Tudo leva a crer que ele foi torturado antes de ser morto. O jeito que o corpo estava mostra isso. A avó pegou na mão dele e viu que ela estava toda molenga”, disse a Jaqueline. Ontem (21), durante uma carreata em homenagem ao garoto, amigos disseram acreditar na versão e reafirmaram que ele pode ter sido vítima de inveja, como a própria mãe havia dito anteriormente.
O delegado Fábio Anderson Sampaio, da 3ª Delegacia de Polícia da Capital, foi cauteloso ao tratar o assunto. Ele alega que não pode afirmar se houve tortura, pois ainda não teve acesso aos resultados dos laudos solicitados junto ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), porém, disse que nenhuma hipótese deve ser descartada.
“Eu não posso afirmar se o rapaz foi torturado ou não. Quem vai apontar isso são médicos e peritos, por meio dos laudos. O trabalho deles vai ajudar no processo de investigação. Apesar de tudo, nenhuma hipótese pode ser descartada, porque ainda é cedo”, explicou o delegado da 3ª DP, reforçando que as investigações seguem.
Investigações – Alex foi encontrado morto na manhã do dia 14, em um matagal na Chára dos Poderes. A moto que o adolescente utilizava, uma Honda CG Fan, desapareceu, o que levantou a hipótese de latrocínio, todavia, a carteira com dinheiro e uma pulseira de ouro que ele portava não foram levados. Familiares e pessoas próximas à vítima foram chamadas para prestar depoimento.