Capital

Antes da mudança, pelotão de trabalhadores leva água e luz para residencial

Futuros moradores circulam por apartamentos, mas móveis chegam a partir de 2ª-feira

Aline dos Santos e Guilherme Correia | 01/07/2022 11:29
Equipes  de empresas de água, luz e internet cadastram clientes em residencial. (Foto: Marcos Maluf)
Equipes  de empresas de água, luz e internet cadastram clientes em residencial. (Foto: Marcos Maluf)

Com as chaves entregues ontem durante visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Campo Grande, a sexta-feira (dia 1º) é de muita movimentação nos apartamentos do residencial no Jardim Canguru. Na linha de frente, um pelotão de funcionários das concessionárias prepara as ligações de água, energia elétrica e internet.  Os futuros moradores circulam pelos imóveis, mas a mudança será a partir de segunda-feira. 

Ontem, a diretora-presidente da Agehab (Agência de Habitação Popular), Maria do Carmo Avesani Lopez, informou que mudança seria liberada após a solenidade com o presidente. Hoje, os moradores contaram que foram comunicados sobre a mudança na semana que vem, pois ainda é preciso dotar os imóveis dos serviços básicos. 

Medidores de energia elétrica de novos apartamentos. (Foto: Marcos Maluf)

No residencial, foram montadas tendas de atendimento das concessionárias, que cadastram os novos clientes. A síndica Clea Antunes Pereira, 38 anos,  conta que a maioria das 300 chaves já está com os proprietários. “Estão todos muito contentes e muito felizes”. Ela é diarista e morava numa área de comodato, nas imediações dos prédios. 

Michel Sávio Garcia, 41 anos, conta que prepara a mudança para trocar o Jockey Club pelo Jardim Canguru. “Achei legal, gostei, só é muito pequenininho”, diz, sobre o apartamento. 

Namorada de Michel, que é cadeirante, a dona de casa Gegiane Aparecida de Oliveira, 45 anos, elogiou a acessibilidade, com banheiro adaptado. O casal vai morar no térreo. 

Os namorados Michel e Gegiane preparam mudança para novo lar. (Foto: Marcos Maluf)

Desempregada, Maysa Rodrigues, 27 anos, vai morar com os três filhos. A renda vem do Auxílio Brasil, ainda chamado de Bolsa Família, pela beneficiária. “Vim cuidar da burocracia, ligar a luz e a água. Estou muito feliz, espero que seja uma vida nova”, diz a jovem, que logo se emociona. Ela pagava aluguel e estava na fila por um imóvel há três anos. 

O empreendimento imobiliário faz parte do programa Casa Verde e Amarela. O governo federal investiu R$ 24 milhões, enquanto Mato Grosso do Sul deu contrapartida de R$ 5 milhões. A prefeitura de Campo Grande elaborou o projeto executivo da obra, doou o terreno e pavimentou o acesso ao residencial. 

“Vim cuidar da burocracia, ligar a luz e a água", conta Maysa. (Foto: Marcos Maluf)

Mato Grosso do Sul tem déficit habitacional de 71.966 moradias. A estimativa foi feita pela Fundação João Pinheiro/IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

No ano passado, foram entregues 2.076 casas populares no Estado, sendo 1.816 unidades habitacionais e 260 lotes urbanizados. A meta em 2022 é entregar 1.400 unidades. 

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