Ansiosos até tentaram, mas terão de esperar a data certa para 4ª dose da vacina
Pelo menos 5 pessoas foram ao drive, mas não estão dentro do cronograma estipulado pelo calendário da Sesau
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No drive da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), único local de vacinação aberto neste domingo, em Campo Grande, teve quem tentasse a 4ª dose, mas teve que voltar para casa sem vacina: ansiosos, foram antes do prazo estipulado no calendário do dia.
“Vieram cinco pessoas, mas nenhuma estava na data”, explicou a enfermeira Fábia Abreu, no plantão do drive thru. Pelo calendário, a 4ª dose está destinada aos que tomaram a 3ª há quatro meses, ou seja, até dia 26 de agosto.
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Em declarações anteriores, o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, havia explicado que 26 de agosto foi a data de início de vacinação deste público.
Mas, quem estava dentro dos prazos estipulados para as outras doses, encontrou tranquilidade e pode se vacinar sem enfrentar fila. O motorista de aplicativo Paulo Kaixotte, 45 anos, foi somente levar passageira para se imunizar, mas aproveitou para tomar a 2ª dose da Janssen.
“Acho ótimo, aconselho todo mundo a se vacinar, principalmente os motoristas de aplicativo”, disse Kaixotte. Ele disse que, apesar do grande fluxo de passageiros, nunca foi infectado com covid.
A secretária Silvia Leite, 62 anos, foi acompanhada do filho para a 3ª dose da vacina, acreditando encontrar dia mais tranquilo e estava certa. Também quis resolver logo, já que a família pretende viajar em janeiro para Punta Cana, na República Dominicana, para celebrar o aniversário da filha.
O advogado Thiago de Souza Pereira, 32 anos, também foi ao drive thru para a 3ª dose. Pegou covid antes de tomar a primeira dose e, por isso, acha importante se cuidar. “É importante para voltar à vida normal”.
Como o dia estava tranquilo, até a equipe do Campo Grande News conseguiu colocar o cartão de vacinação em dia e tomar a 3ª dose. A técnica de enfermagem que os atendeu, Alexandrina Delgado, disse que, se pudesse, “ia puxar todo mundo para tomar vacina”.
Alexandrina perdeu dois irmãos para a covid, um deles, antes da chegada da imunização. “Eu não consegui ajudar meu irmão, então, eu tenho que ajudar outras pessoas”. A profissional questiona quem ainda não acredita na eficiência da vacinação. “Enquanto a covid não bater o ponto na casa dessa pessoa, eles não vão dar o devido ao valor a vacina”.