Capital

Anac mira aeronaves agrícolas em MS na operação contra voos irregulares

Zana Zaidan | 26/03/2014 19:45
Com as aeronaves em solo, fiscais da Anac realizam abordagem (Foto: Cleber Gellio)
Com as aeronaves em solo, fiscais da Anac realizam abordagem (Foto: Cleber Gellio)

A movimentação de aeronaves agrícolas, que responde pela maior parte do tráfego aéreo em Mato Grosso do Sul, é um dos principais focos de Operação Voe Seguro, da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) que começou hoje (26) em Campo Grande. Os aeroportos Internacional, Teruel e Santa Maria passaram por fiscalização, com apoio do Comando da Aeronáutica e da Polícia e Receita Federal.

Na Operação Voe Seguro, aeronaves (exceto as que realizam voos comerciais) são abordadas por fiscais da Anac nas pistas de pousos e decolagens, uma forma de detectar irregularidades tanto do piloto como do equipamento, em uma espécie de "blitz" da aviação. Gerente de operações da Anac, Cícero Feitosa, responsável pela fiscalização, explica que a aviação agrícola "é maior preocupação".

O monitoramento destas aeronaves é restrito ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), da Aeronáutica - que fiscaliza irregularidads no plano de voo - o que impede a checagem da manutenção das aeronaves.

"A presença dessas aeronaves é aqui é muito espessa, e elas não passam por aeroportos, onde as abordagens são feitas. A movimentação é toda dentro das propriedades rurais", aponta Feitosa. No Estado, 454 aeronaves estão em operação. A Anac não possui dados especificados sobre quantas são agrícolas, mas atesta que se trata da grande maioria.

A verificação das condições da aeronave - pneu careca, fuselagem, excesso de carga - é determinante para evitar acidentes aéreos.

Depois do trabalho de fiscalização, serão realizadas oficinas do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para disseminar a cultura da segurança de voo.

Operação - Esta é a primeira vez que a operação passa por Mato Grosso do Sul. Até as 13 horas de hoje, 140 aeronaves foram monitoradas pelo Decea e 60 delas fiscalizadas e 28 foram abordadas em solo pela Anac, que encontrou 14 irregularidades.

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