Capital

Alvo de despejo, moradores ameaçam acampar em frente da Prefeitura

Michel Faustino e FIlipe Prado | 08/09/2014 15:40
Cerca de 50 pessoas, entre mulheres e crianças, permanecem em frente a Prefeitura. (Foto: Marcelo Victor)
Cerca de 50 pessoas, entre mulheres e crianças, permanecem em frente a Prefeitura. (Foto: Marcelo Victor)

Os moradores da comunidade Cidade de Deus, localizada no bairro Dom Antônio Barbosa, ameaçam acampar em frente à sede da Prefeitura da Capital e afirmam que não irão sair do local até que o impasse sobre o despejo da área onde vivem 800 famílias seja resolvido. Hoje pela manhã, os moradores bloquearam durante três horas a BR-262, na saída para São Paulo, e fecharam a Avenida Afonso Pena, no sentido Parque dos Poderes/Centro, chegando até a Prefeitura.

Neste exato momento cerca de 50 manifestantes, entre crianças e mulheres, ainda permanecem em frente ao Paço Municipal. Ao todo, cerca de 200 pessoas participaram dos protestos durante o dia. O acesso ao prédio da Prefeitura está bloqueado por fitas de segurança e a Guarda Municipal permanece fazendo a segurança do local.

De acordo com um dos lideres do manifesto, Marcos Roberto, 36 anos, os moradores irão permanecer em frente à Prefeitura até que uma solução seja tomada em relação ao despejo da área.

“Vamos continuar aqui até conseguir uma solução e recebermos uma resposta do Poder Público, não vamos dar o braço a torcer. Se precisar vamos acampar aqui”, disse.

Hoje pela manhã um grupo formado por 10 manifestantes chegou a se reunir com o prefeito Gilmar Olarte (PP), que garantiu celeridade para solucionar o problema dessas famílias.

Impasse- Um inquérito civil tramita na 29ª Promotoria de Patrimônio Público e Social sobre a ocupação irregular e furto de energia elétrica na área onde vivem as famílias. Reunião, em agosto, também envolveu setores de meio ambiente e defesa do consumidor.

Na semana passada, o MPE (Ministério Público Estadual) pressionou a Prefeitura da Capital para despejar as famílias da região e reiterou que os invasores não têm direito a casas de programas habitacionais.

Guarda Municipal permanece no local para coibir a ação dos manifestantes. (Foto: Marcelo Victor)
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