Alunos protestam contra demissão de professores do Instituto Mirim

Cerca de 50 alunos estão na tarde dessa quarta-feira (03) em frente ao prédio da Prefeitura de Campo Grande, protestando contra a “demissão” de nove professores da unidade 2 do Instituto Mirim, que funciona no bairro Carandá.

Segundo a aluna Rafaela Stephany de Lima Linerato, de 15 anos, na tarde de ontem os professores receberam uma ligação informando que os contratos de trabalho não seriam renovados. “Isso não é justo. Não concordamos com as demissões e nem com a maneira que eles foram avisados”, disse.

Os alunos deixaram de comparecer as aulas e com cartazes em mãos, pedem para que o prefeito Alcides Bernal volte atrás da decisão. Nos gritos de protestos, eles dizem “ Sem o professores, a Mirim não anda mais”.

Eliana Andressa Lopes Rodrigues, de 15 anos também lamentou o que aconteceu com os educadores. “ Decidimos fazer esse protesto para que algo seja feito a favor desses profissionais”, conta.

Já Luan Andrade, de 15 anos, que está no Instituto Mirim há seis meses, disse que não pretende  deixar o prédio. “Só vou sair daqui depois de uma resposta do prefeito”.

Luciana Angela Bazzotti, representante da Mirim chegou no local às 14h. Segundo ela, os alunos organizaram o protesto sem procurar a direção do Instituto. Durante reunião, realizada na calçada, a representante explicou aos jovens que  não existem demissões e que todos os professores sabiam que os contratos, que são de seis meses, poderiam não ser renovados. 

Ela sugeriu que todos façam as reivindicações por escrito e que selecionem cinco representantes para participarem de uma possível reunião com o prefeito, Alcides Bernal.

Os manifestantes estão aguardando e disseram que só vão deixar o paço municipal se essa reunião for marcada até sexta-feira, data em que eles saem de férias. 

A assessoria de imprensa da prefeitura confirmou as demissões. A justificativa é de que os professores contratados não têm licenciatura para a área em que davam aulas e a Secretária de Educação quer regularizar a situação.

Com isso, os professores que trabalhavam com as disciplinas de preparação básica, filosofia, informática, português, leitura, matemática, educação física e psicologia devem ser desligados na próxima sexta-feira (05).