Capital

Além do asfalto, moradores pedem fim dos alagamentos na av. Bandeiras

Viviane Oliveira | 06/04/2013 15:03
Já foram recapeados pelo menos 400 metros da avenida das Bandeiras. (Foto: Simão Nogueira)
Já foram recapeados pelo menos 400 metros da avenida das Bandeiras. (Foto: Simão Nogueira)

O tão esperado recapeamento na avenida das Bandeiras, em Campo Grande, chegou. Agora o que os moradores e comerciantes da região esperam é que os problemas com buracos após chuva, bueiros entupidos e alagamentos, sejam resolvidos. A via vai receber 2,6 quilômetros de recapeamento, trecho que vai desde a avenida Calógeras até a Manoel da Costa Lima.

No começo da obra, a Prefeitura mexeu nas bocas-de-lobo ao longo da via e construiu canaletas em alguns cruzamentos para evitar inundações, facilitando o escoamento da água da chuva. Para não atrapalhar o fluxo de carros na avenida, o recapeamento é feito em duas quadras por vez.

De acordo com o secretário da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, a Prefeitura teve de melhorar a drenagem do local. Esses serviços já foram feitos no trecho entre a avenida Salgado Filho e a avenida Fábio Zahran.

Joel Aparecido dos Santos, de 45 anos, é proprietário de uma oficina há 15 anos na via. Ele comemora a revitalização, mas, ansioso, reclama que a obra está demorando muito. “Em uma semana tive um prejuízo de R$ 300 a R$ 400 por dia. O cruzamento com Fábio Zahran ficou muito tempo interditado”, afirma.

Conforme o secretário, as obras de recapeamento da avenida das Bandeiras estão dentro do cronograma estabelecido. A intervenção começou em março e deve terminar no final de junho deste ano.

Há 12 anos proprietário de uma autopeça na avenida, Cláudio Correa, 52 anos, ficou contente com a notícia tão esperada por todos na região. “Aqui, quando chovia, virava um caos. A via ficava esburacada e depois cheia de remendos”,  lembra.

A única preocupação de Cláudio é com o trânsito que vai ficar "bom demais" e os motoristas podem fazer da via uma pista de corrida. “A sinalização vai ter que ser de acordo com o movimento e a velocidade dos veículos”.

Cláudio Correa comemora o novo asfalto. (Foto: Marcos Ermínio)

De acordo com a diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Kátia Maria Moraes Castilho, assim que as obras de drenagem e recapeamento forem concluídas a agência vai voltar com a sinalização que antes existiam. “Serão colocadas linhas de atenção, faixas de pedestres, divisória de fluxo e a pintura no meio-fio”, informa.

Enio Reis, de 68 anos, trabalha em uma loja na avenida. Ele reclama de uma manilha que depois da reforma ficou mais alta que o fundo da boca-de-lobo. Quando chove, um pouco da água fica acumulada porque não tem vasão. “A obra ainda está no começo, vamos ver depois de pronta. A nossa torcida é para que fique 100%”, destaca.

A Prefeitura está utilizando equipamentos e recursos próprios. O extrato de contrato com a empresa que seria responsável pela obra, Proteco Construções, no valor estimado de R$ 2.717.875,49 foi cancelado no dia 6 de março, por contenção de gastos.

Segundo Semy, o andamento pode ser prejudicado, pois os funcionários paralisam o trabalho em caso de ação emergencial em outro ponto da cidade, mas em compensação o custo é mais baixo.

Além da avenida, o projeto de recuperação das vias importantes da cidade prevê recuperação da avenida Bandeirantes, mas não há data para início. Na Júlio de Castilhos, a obra começou e a entrega está atrasada. Ela ainda deve durar seis meses. 

A Afonso Pena é um exemplo de via recapeada. O local recebeu nova pavimentação em 2011, com recursos do governo do Estado.

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