Capital

Além de TCE, MPE também investiga criação de Hospital da Criança do SUS

Alan Diógenes | 17/11/2014 17:37
Usuários elogiaram o atendimento prestado na unidade. (Foto: Alessandro Martins)
Usuários elogiaram o atendimento prestado na unidade. (Foto: Alessandro Martins)

Além do TCE (Tribunal de Contas do Estado) realizar uma inspeção para avaliar o valor pago pela Prefeitura de Campo Grande pelo Hospital Sírio Libanês, no Centro da Capital, que atualmente é o CEMP (Centro Municipal Pediátrico), mais conhecido como Hospital da Criança do SUS (Sistema Único de Saúde), o MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito civil para apurar irregularidades na criação da unidade. A medida foi publicada no Diário Oficial do órgão desta segunda-feira (17) e foi assinado pela promotora de Justiça Daniela Cristina Guiotti.

Apesar disso, os usuários do local estão satisfeitos com o atendimento prestado no centro de saúde e não concordam com as medidas tomadas pelos órgãos do Governo. Esse é o caso da arquiteta Daniela Oliveira Ayala, 41 anos, que sempre leva o filho de 5 anos no local.

“Não existe um hospital específico na cidade para atender somente crianças, esse é o único e não pode ser fechado, por exemplo. Gosto muito da maneira que eles recepcionam a gente e o atendimento é feito de forma ágil”, explicou.

A argumento foi compartilhado pela auxiliar de dentista Márcia Lacerda da Silva, 37 anos. Ela contou que os usuários são atendidos na unidade em menos de meia hora. “Está é a segunda vez que eu venho trazer meu filho aqui. Nas duas vezes fui bem atendidas pelas recepcionistas e entrei na sala do médico uns 20 minutos depois que cheguei”, comentou.

Informando que uma das reclamações da população em relação aos postos de saúde é a falta de médicos e medicamentos, Márcia falou que este problema não existe no Centro Municipal Pediátrico. “As vezes que vim consegui pegar os remédios certos para curar o que meu filho estava sentindo, não precisei arcar com nada. Imagina como é gratificante para uma mãe saber que o filho que está bem cuidado”, mencionou.

Sem ter dúvidas, a atendente de loja Nadia Pereira, 25 anos, disse que o atendimento no centro é bem melhor que nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). “Isso aqui é uma maravilha. Vai em um posto de saúde para você ver a raiva que você que não passa. Acho que eles deveriam intervir em um lugar que está aqui apenas para ajudar a população, por que afinal esse é o objetivo de algo público”, finalizou.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande informou que ainda não recebeu a comunicação oficial sobre as medidas, e por isso não vai se pronunciar até receber.

Daniela disse que atendimento é ágil. (Foto: Alessandro Martins)
Nadia foi levar o filho para receber atendimento médico e afirmou ser contra as medidas. (Foto: Alessandro Martins)
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