Capital

Além de muro, ministério promete novas câmeras em presídio federal

Unidade penal situada em Campo Grande ganhará novos equipamentos no 2º semestre, afirma André Garcia

Por Gustavo Bonotto e Maristela Brunetto | 28/03/2024 21:37
Policial penal acompanha movimentações em bloco de presídio. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Policial penal acompanha movimentações em bloco de presídio. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Ministério da Justiça vai instalar cerca de 10 mil câmeras nas cinco unidades prisionais sob responsabilidade da União, informou o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, durante entrevista à imprensa nesta quinta-feira (28). Entre as iniciativas para reforçar a segurança, o titular da pasta citou a construção de uma muralha no Presídio Federal de Campo Grande.

Embora já anunciada por meio de licitação, Garcia disse à CBN que a obra "[...] ainda não tem prazo estabelecido, mas que os equipamentos, assim como as novas adequações, serão distribuídas aos estados até o fim do 2º semestre".

Orçado em R$ 724,9 mil, o projeto foi desenhado para dividir os setores e criar condições para que duas turmas pudessem aproveitar o banho de sol no mesmo horário. Segundo o gestor, o ministério fez uma avaliação dos procedimentos adotados para criar um reforço - além de algumas alterações, como a nomeação de novos policiais penais.

"Mesmo estando de fora do sistema, assumi há 40 dias, sempre encarei o sistema penal como um ativo, hígido e seguro. Uma fuga não pode definir uma história de mais de 20 anos", disse Garcia ao se referir à fuga de dois detentos no Presídio Federal de Mossoró (RN).

A ação na região Norte revelou várias deficiências no sistema. Um dos pontos foi a falha no monitoramento. Os presos escaparam do bloco penal sem serem vistos, porque as câmeras não têm sensores que captam movimento. Por isso, a promessa é de modernizar esses equipamentos.

Inaugurada há 18 anos, a unidade de Campo Grande nunca registrou fuga. Com 208 vagas, já abrigou Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e o narcotraficante Juan Carlo Abadia. Hoje, um dos internos é Adélio Bispo, preso por tentar matar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. 

Também estão aqui dois acusados dos assassinatos do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira e suspeitos de comandar ataques no Rio Grande do Norte, que ocorreram em março de 2023.

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