Capital

Agentes vão às ruas para mapear infestação do Aedes nos bairros

Além da colheita de informações, criadouros do mosquito serão eliminados durante visitas

Jones Mário | 06/01/2020 12:49
Agentes vão às ruas para mapear infestação do Aedes nos bairros
Agentes de combate às endemias tem enfrentado resistência de moradores, segundo a Sesau (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

A partir desta segunda-feira (6), agentes de combate às endemias de Campo Grande percorrem bairros das sete regiões a fim de colher dados para atualização do Liraa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti). A pesquisa serve de base para determinar as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e febre chikungunya.

O Liraa mapeia o IIP (Índice de Infestação Predial) do Aedes. O indicativo é dividido em três classificações. Resultados abaixo de 1% são considerados satisfatórios; entre 1% e 3,9% são enquadrados no nível de alerta; e acima de 3,9% entram na faixa de risco.

No último Liraa, divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) em novembro, 22 das 68 áreas catalogadas estavam em estado de alerta.

A região central, atendida pela UBS (Unidade Básica de Saúde) 26 de Agosto, era uma delas, onde o titular da Sesau, José Mauro Filho, se reuniu com 40 agentes nesta manhã.

“Com este levantamento nós identificamos os criadouros predominantes e a situação de infestação do município. Com os dados em mãos podemos direcionar as ações e controlar as áreas mais críticas e infectadas pelo mosquito”, disse o secretário ao portal de notícias da prefeitura.

“Mas não basta somente o Poder Público fazer a sua parte, é preciso que haja conscientização e que as pessoas recebam bem os servidores”, completou José Mauro Filho.

Além do levantamento de dados, os agentes de endemias também farão trabalho de verificação e eliminação de criadouros do Aedes em recipientes com águas, vasos de plantas, garrafas, cascas de ovo, cascas de caramujo, folhas de bananeiras, tampas de tanque de lavar roupas e pneus.

A Sesau prevê divulgar a atualização do Liraa em fevereiro.

Fiocruz do Rio de Janeiro (RJ) doou armadilhas para a Sesau (Foto: Divulgação/PMCG)

Armadilhas - A secretaria divulgou ainda a doação de 970 armadilhas tipo ovitrampa (que captura os ovos postos pelos insetos) e três aspiradores para a captura de mosquito, fornecidas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) do Rio de Janeiro (RJ).

As ferramentas devem ser empregadas em ações futuras. A Sesau estima que até julho toda as regiões de Campo Grande sejam cobertas com as armadilhas.

Casos - Segundo a Sesau, de janeiro a dezembro de 2019 foram notificados 39.301 casos de dengue em Campo Grande. Destes, 19.647 foram confirmados e oito terminaram em mortes.

O ano passado ainda contou com 438 casos de zika e 243 de chikungunya na Capital.

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