Capital

Agentes retiram 2,5 toneladas de lixo da casa de um só “acumulador”

Ação Cidade Limpa, última de 2019, percorre ruas do bairro Caiçara onde acumulador deu trabalho à equipe

Izabela Sanchez e Fernanda Palheta | 10/12/2019 10:51
Muito lixo, muito trabalho: cidade limpa percorre ruas do bairro Caiçara nesta terça (Foto: Henrique Kawaminami)
Muito lixo, muito trabalho: cidade limpa percorre ruas do bairro Caiçara nesta terça (Foto: Henrique Kawaminami)

O Cidade Limpa, ação da Prefeitura de Campo Grande em busca de locais para limpeza – para acabar com focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya – chega ao fim, este ano, no bairro Caiçara. Nesta terça-feira (10), apenas na casa de um “acumulador”, como foi chamado pela equipe, agentes de endemia retiraram 2,5 toneladas de lixo de um só casa.

O morador, um idoso de 76 anos, deu trabalho à equipe de limpeza, já que a retirada dos materiais foi precedida de várias negativas. O morador que não autorizava a limpeza viu saiu da casa um caminhão lotado contendo resto de televisor, ferro, plástico e outros materiais.

O quintal com 11 anos de acúmulo – resultado dos restos de uma oficina de consertos eletrônicos – incomodava moradores porque atraía ratos e outros animais que costumam se acumular no lixo. Além dos 5 focos do mosquito Aedes encontrados ali.

Trabalho duro de quem percorre quintais, às vezes, intocados (Foto: Henrique Kawaminami)

Supervisora de área da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Caiçara, Priscila Alves de Castilho afirma que a equipe tentou o ano inteiro, desde janeiro, entrar na casa. O “resistente” aposentado Valdir Vicente Farias contou nunca ter feito um descarte. É a primeira vez que se desfez do acúmulo.

Ponto de coleta – Nesta terça as equipes passam pelas casas, mas até sexta-feira (13) funciona um ponto fixo para descarte em um campo de futebol na Rua Aniceto da Costa. Ali, só hoje, já foram levadas 8 toneladas de materiais pelos moradores. Só não pode entulho de construção e podas de árvores, que precisam de destinação específica segundo a legislação ambiental.

Saco de lixo no ar a caminho do caminhão durante coleta (Foto: Henrique Kawaminami)
Pilha de velharias: é possível achar de tudo no descarte dos moradores (Foto: Henrique Kawaminami)

De lá, os materiais são levados até eco pontos. Gerente técnico de manejo ambiental, Edvaldo Garcia Domingues afirma que a limpeza, nessa época, é primordial, em razão das chuvas que só pioram a situação.

Quem levou um armário que ficou guardado por 30 anos foi o engenheiro Rodrigo Santiago, 30. Ao descartar os materiais, relatou “já estar na terceira viagem”. Nas outras “levas” descartou até televisão. “Viraram entulho. O armário estava há 30 anos [na casa onde vive], não estava sendo mais utilizado como armário”, explicou.

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