Capital

Advogado reforça tese que inocenta réu pela morte de Brunão

Parecer técnico de um médico socorrista diz que é impossível o segurança ter morrido por golpes desferidos pelo réu

Guilherme Henri | 23/11/2017 16:28
Christiano Almeida, acusado pela morte de Brunão, virou confeiteiro à espera de julgamento (/adimFoto: Fernando Antunes/Arquivo)
Christiano Almeida, acusado pela morte de Brunão, virou confeiteiro à espera de julgamento (/adimFoto: Fernando Antunes/Arquivo)

As vésperas do julgamento, a defesa de Cristhiano Luna de Almeida, de 29 anos, reforça a tese de que o réu não é responsável pela morte do segurança Jeferson Bruno Escobar, o Brunão.

Conforme o advogado José Belga Trad, o parecer técnico de um médico socorrista, com base no exame necroscópico de Brunão aponta que seria impossível o segurança ter morrido por golpes desferidos pelo cliente dele.

O médico, segundo o defensor, é uma testemunha arrolada pela defesa e já fez parte e ainda ajudou a implantar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na Capital.

“Outro fato importante é que os hematomas apontados no exame necroscópicos são pequenos em relação as lesões internas. A expectativa é de que amanhã tenhamos uma solução definitiva para este caso que colocou meu cliente em uma prisão por ter cumprido pena laterais”, diz.

Questionado, o defensor alega que Brunão pode ter passado mal e desmaiado. Além disso, de acordo com José Belga outros fatores podem ter contribuído para que o quadro da vítima tenha evoluído para morte. “Nos casos como este, segundo médicos nem a massagem cardíaca é indicada, pois até o procedimento poderia ter contribuído para as lesões dele”, explica.

Morte - Cristhiano Luna vai a júri popular nesta sexta-feira (24), às 8h, em Campo Grande. O caso aconteceu em 19 de março de 2011. Na ocasião, o segurança tentou tirá-lo de dentro da casa noturna após uma briga generalizada. As investigações apontaram que Brunão acabou agredido e morto pelo acusado, que na época era bacharel em direito e praticante de artes marciais, do lado de fora do local.

O julgamento pelo crime de homicídio simples aconteceria em dezembro do ano seguinte, mas o assistente de acusação foi ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para pedir que a condenação incluísse duas qualificadoras do indiciamento por homicídio retirados pela defesa: motivo fútil e falta de chance de defesa da vítima.

A decisão favorável aconteceu anos depois, no dia 18 de setembro de 2017. Logo após o réu voltar a ser preso por desrespeitar as medidas alternativas que garantiam sua liberdade.

Luna estava solto desde maio de 2011 por força de um habeas corpus, mas voltou para a prisão no dia 30 de junho deste ano após ser fotografado numa mesa de bar.

Foram amigos da vítima, que era segurança da casa noturna Valley Pub e morreu aos 23 anos, que fotografaram Luna e o entregaram às imagens polícia.

O MPE (Ministério Público Estadual) pediu a volta de Luna para a cadeia no dia 23 de junho deste ano e foi o juiz Aluízio Pereira dos Santos, quem decretou a prisão preventiva no dia 30.

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