Capital

Advogado pede transferência de presídio de mulher que matou idosa

Pâmela Ortiz está presa desde o dia 25 de fevereiro, após confessar ter agredido até à morte a aposentada Dirce Santoro, 79 anos; advogado ainda pede segredo de Justiça no processo

Silvia Frias | 28/02/2019 16:19
Pâmela confessou ter matado a idosa após câmera mostras que as duas saíram juntas no dia do crime (Foto: Reprodução)
Pâmela confessou ter matado a idosa após câmera mostras que as duas saíram juntas no dia do crime (Foto: Reprodução)

A defesa de Pâmela Ortiz de Carvalho, 36 anos, pediu à Justiça a transferência dela do Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande. A alegação é que ela está sofrendo ameaças de morte, em decorrência da repercussão do crime cometido por ela, o assassinato da idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, 79 anos.

Pâmela está presa desde 25 de fevereiro, quando confessou à polícia ter agredido a idosa até à morte. O corpo foi encontrado nos fundos da fábrica do Indubrasil, região oeste da cidade, coberto de lixo.

Conforme apurou a Polícia Civil, Pâmela prestava serviço de “Táxi da Vovó” para a aposentada e a matou para não ter de quitar dívidas que fez no nome da idosa em duas lojas de Campo Grande. O valor passa de R$ 1 mil.

Em documento protocolado hoje, o advogado Edmar Soares da Silva disse que Pâmela está sofrendo ameaças de outras internas e receia “sofrer algum atentado contra a vida”. Os filhos dela também estaria sendo prejudicados e uma das meninas teria se recusado à ir para a escola hoje.

A defesa pede a transferência de Pâmela para outra unidade da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) ou da Polícia Civil, onde possa ser protegida.

O advogado também pede que o processo tramite em segredo de Justiça.

Pâmela ao chegar para audiência de custódia, tentando esconder o rosto da imprensa (Foto/Arquivo Danielle Valentim)

Confissão – Segundo a delegada Christiane Grossi, Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce no sábado, dia do desparecimento. Antes de saber das imagens, ela havia negado até mesmo ter encontrado a vítima.

Ainda conforme a investigação, as duas saíram juntas para tentar resolver os débitos que a mulher teria feito nos cartões de crédito da vítima. Elas se desentenderam, Pâmela agrediu Dirce até a morte e abandonou o corpo.

Pâmela alega que durante uma discussão, a idosa ameaçou denunciá-la pelas compras usando indevidamente o nome de Dirce. Ela disse ainda que a aposentada tentou sair do carro em movimento e caiu, batendo a cabeça no meio-fio. Desesperada e temendo ser descoberta, a mulher conta que pegou a cabeça da vítima e esmagou contra a guia.

Além de prestar serviço como motorista de idosos, Pâmela se apresentava como policial.

Imagens mostram Pâmela e Dirce saindo juntas, no dia do crime (Foto: Reprodução)
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