Capital

Advogado diz que médico cassado por abuso chora e jura inocência

Aline dos Santos | 18/07/2012 10:09

“Ele está sendo injustiçado”, afirma o defensor

O advogado Evaldo Côrrea Chaves, que atua na defesa do médico Marcus Vinicius Carreira Bentes, cassado hoje pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina) por abuso, conta que ele chora e jura inocência ao falar sobre a denúncia. “Ele está sendo injustiçado”, afirma o defensor.

Além do processo administrativo, o médico, que é major do Exército, também responde a processo no STM (Superior Tribunal Militar). Em 2011, ele foi condenado a um ano de detenção. A defesa recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) e aguarda julgamento.

O advogado alega cerceamento de defesa e que depoimentos de um casal de Fortaleza, que também denunciou o militar, foi utilizado no processo, apesar de ele ter sido absolvido por falta de provas no caso relatado na capital do Ceará.

Segundo Chaves, foi questionado o fato de ele atender a paciente sem auxílio de uma assistente. “As assistentes só auxiliavam os ginecologistas. Apesar de 30% dos pacientes dos urologistas serem mulheres. Em geral, elas são encaminhadas pelos ginecologistas para tratamento do sistema urinário”, afirma.

A denúncia por abuso foi feita por uma paciente do Hospital Geral de Campo Grande em 2007. A mulher denunciou que o médico urologista pediu que ela levantasse o vestido e tocou em seu órgão genital sem luvas. Segundo a paciente, ele apresentava sinais de excitação. A paciente foi ao local para entregar resultados de exames solicitador por um outro urologista.

Conforme a denúncia, o militar já se envolveu em pelo menos outros seis casos de abuso sexual. Os casos foram registrados em Lorena, interior de São Paulo, e em Fortaleza.

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