Capital

Advogada ganha direito de continuar em regime domiciliar até julgamento

Evelyn Souza | 01/07/2013 20:10
Advogada é acusada de ter ligações com uma facção criminosa. (Reproduçao/Facebook)
Advogada é acusada de ter ligações com uma facção criminosa. (Reproduçao/Facebook)

O Tribunal de Justiça do Estado confirmou na tarde dessa segunda-feira (01), a liminar concedida à advogada Daniela Dall Bello, presa por envolvimento em facção criminosa, durante Operação “Bleucaute”.

O pedido de habeas corpus foi julgado hoje e concedido por unanimidade. Com a decisão, a advogada deve continuar presa em regime domiciliar até o julgamento.

Formada em direito, há seis meses pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Daniela Dall Bello Rondão, foi presa durante operação “Blecaute”, deflagrada no dia 24 de maio. Ela é acusada de ter ligações com uma facção criminosa que agia dentro e fora dos presídios e seria a peça chave da quadrilha, trocando informações com presos e membros do PCC.

A advogada está presa em regime domiciliar desde o dia 26 de maio, quando conseguir na Justiça, através de um habeascorpus, o direito de responder o processo em regime domiciliar. O pedido foi solicitado pela Defesa e Assistência às Prerrogativas dos Advogados, da OAB/ MS. Isso porque todo advogado tem direito a prisão em sala de Estado Maior, o que não existe no Estado. Nesses casos, jurisprudência diz que o acusado deve responder em prisão domiciliar.

Daniela aguarda o julgamento em casa, no bairro Leblon. Pelo regime, ela deve obedecer a uma série de determinações judiciais, entre elas, recolher-se à sua residência das 21h às 5h e permanecer em casa nos domingos e feriados por período integral.

Operação - A operação “Blecaute”,foi deflagrada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Polícia Militar e a AGEPEN (Agência Penitenciária Estadual), em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Nova Andradina e Corumbá.

Os resultados das investigações, que levaram três meses, apontaram que pelo menos 54 pessoas participavam ativamente da facção criminosa no Estado. Ao todo, o PCC possui 328 membros em Mato Grosso do Sul.

Seis pessoas foram presas em Campo Grande, entre elas, a advogada Daniela Dall Bello Tinoco Rondão. A maior parte dos envolvidos agia entre as grades, determinando ataques contra agentes penitenciários e policiais militares.

Dez presos apontados como líderes do esquema, foram transferidos do presídio da Máxima para o Presídio Federal. Outros 28 estão no presídio HarryAmorim Costa, em Dourados.

 

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