Capital

Acusado de matar por engano alega legitima defesa em julgamento

Francisco Júnior | 13/08/2014 12:02

Jonathan Ferreira Cruz, 28 anos, acusado de matar Wesley Benites da Silva e tentar assassinar Jeferson Osmar Teixeira Ramão em 2007, está sendo julgado pelos dois crimes na manhã desta quarta-feira (13) no Tribunal do Júri de Campo Grande.

O crime aconteceu na madrugada do dia 1 de janeiro de 2007 na Rua Mitsu Aratani, no bairro Dom Antônio Barbosa.

Ao ser ouvido, Jonathan manteve a versão de legítima defesa. Afirmou que a vítima e Jeferson invadiram a casa dele para matá-lo após um desentendimento anterior.

A versão foi confirmada pelo padrasto do acusado. Segundo Marco Antônio Souza, 47 anos, na noite do crime ele estava em casa assistindo televisão acompanhado da mulher, quando Jeferson e Wesley arrombaram a porta e invadiram a casa. “ Eles entraram e foram para a cozinha onde estava meu enteado. Jonathan ao se defender acabou atingindo uma facada na vítima”, relatou o padrato.

Essa versão foi rebatida pela promotoria. Segundo o promotor João Meneghini Girelli, o crime não aconteceu dentro da casa do acusado. “ È furada essa versão de que foi Jeferson e Wesley entraram na casa de Jonathan”.

Baseado em depoimentos de testemunhas, o promotor afirma que foi o acusado quem foi atrás das vítimas, sendo que a intenção era matar Jeferson, já que os dois teriam se desentendido com ele na manhã do dia anterior.

De acordo com o promotor, Wesley morreu ao tentar separar a briga. “ Ele foi separar para evitar uma mal maior. Wesley morreu de gaiato”, afirmou o promotor.

Promotor pediu a condenação do acusado por homicídio privilegiado (motivado pela emoção), mas com retirada da qualificadora, que aumenta a pena em caso de condenação.

A defesa de Jonathan mantém a versão de que foi legítima defesa. O defensor Público, Ronald Calixto Nune, afirmou durante sua explanação de que Wesley e Jefersonj invadiram a casa de seu cliente e a vítima segurou o acusado para que ele fosse morto por Jeferson.

O júri é composto por sete pessoas: duas mulheres e cinco homens. A decisão do juiz deve com a absolvição ou condenação do acusado deve sair no início da tarde.

Jonathan está preso desde dezembro de 2013.

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