Capital

Acusado de dar fuga após homicídio deve prestar serviço comunitário

Nadyenka Castro | 16/02/2011 12:20

Lineker ajudou filho de policial e deve ter acusação suspensa

Deve prestar serviços comunitários por dois anos Lineker Luiz Vazes Fernandes, acusado de dar fuga a Guilherme Henrique Santana de Andréa, que matou o funcionário público Ítalo Marcelo de Brito Nogueira, de 27 anos, em junho do ano passado, em Campo Grande.

Lineker responde por favorecimento pessoal e como o crime é de menor potencial ofensivo e ele não teve participação no homicídio, o MPE (Ministério Público Estadual) requereu a transação penal do processo.

Isso significa que o rapaz deverá cumprir condições impostas pela Justiça durante dois anos para não ser processado pelo crime. Entre elas está a prestação voluntária de serviços comunitários. Após 24 meses, a ação contra ele é extinta.

A audiência para tratar da suspensão do processo será dia 24 de março, às 14 horas, na 2ª Vara do Tribunal do Júri.

O juiz responsável pelo caso, Aluízio Pereira dos Santos, explica que a suspensão do processo pode ser proposta quando a pena do crime é muito pequena.

No caso de favorecimento pessoal vai de um a seis meses de detenção. Para que a ação seja extinta, o responsável deve cumprir à risca o acordo comprovando a situação à Justiça.

O caso- Guilherme é acusado de matar Ítalo com um tiro acidental disparado de uma espingarda pertencente a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública). A arma estava sob a cautela do pai dele, o policial civil Pedro Vladimir de Andrea, o qual também estava no local do crime.

Vítima e autor participavam de uma festa em uma residência e em um determinado momento Guilherme pegou a arma do pai e então houve o disparo acidental que matou Ítalo.

Testemunhas disseram que o filho do policial havia ingerido bebidas alcoólicas e também que ficou mostrando a arma para as pessoas que lá estavam.

Ítalo trabalhava no Detran e era estudante de Direito na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Acusação- Guilherme responde por homicídio doloso (com intenção de matar). A acusação entendeu que ele assumiu o risco de matar ao manusear a arma. O pai dele, Pedro Vladimir responde a processo na 3ª Vara Criminal e respondeu a sindicância na Polícia Civil, pois estava com viatura sem estar em serviço.

A família de Ítalo contratou advogado para atuar como assistente de acusação do MPE.

Edgar de Souza Gomes é o profissional contratado. Ele declarou que será verificado, após a oitiva das testemunhas, cuja data ainda não foi marcada, a possibilidade de denunciar também o policial civil pelo homicídio.

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