Capital

Acidentes após pagamento de salários superlotam emergência de hospitais

Luciana Brazil, Bruno Chaves e Edivaldo Bitencourt | 09/09/2013 15:24
Luiz Gustavo aponta as causas da superlotação da Santa Casa da Capital (Foto: Bruno Chaves)
Luiz Gustavo aponta as causas da superlotação da Santa Casa da Capital (Foto: Bruno Chaves)

Os dois principais hospitais da Capital voltaram a enfrentar, nesta segunda-feira (9), a superlotação das unidades de emergências. A principal causa são os acidentes de trânsito em decorrência do pagamento dos salários no início do mês e da imprudência no trânsito. Só na Santa Casa de Campo Grande, seis pacientes aguardam uma vaga no CTI (Centro de Terapia Intensiva).

A situação se repete no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, em Campo Grande. O PAM (Pronto Atendimento Médico) está com mais de 40% da capacidade. Pelo menos 100 pacientes aguardam atendimento. O hospital consegue atender, em média, 46 pacientes, segundo o diretor-presidente do hospital, Rodrigo de Paula Aquino.

“É importante saber como está sendo feito o encaminhamento desses pacientes. Sabemos que outras unidades não têm vaga, mas não sabemos se estão sobrecarregados como nós. Não haverá suspensão de atendimento. Vamos atender a todos”, afirmou Aquino.

O problema tem atingido outros hospitais, como a Santa Casa. De acordo como chefe do Centro Cirúrgico, Luiz Gustavo Orlandi, só na unidade vermelha, que é o setor onde ficam os pacientes em estado grave e com risco de morte, 11 pessoas dividem seis vagas. Seis aguardam vaga no CTI.

Já os setores amarelos (sete pacientes) e verde (nove) continuam operando no limite da capacidade. Orlandi explica que os casos de trauma são os principais responsáveis pela superlotação da emergência da instituição.

Ele atribuiu o caos ao fato do fim de semana ser o seguinte após o pagamento dos salários, imprudência no trânsito e de jovens com dinheiro.

Já o diretor do HR não sabe as causas da superlotação. “É difícil dizer o que está acontecendo, por enquanto não é possível saber o motivo dessa superlotação”, afirmou.

Um outro motivo pode ser o fechamento do PAM do Hospital Universitário, que reabriu em um local improvisado e com 11 leitos a menos.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, mas até o fechamento desta matéria não teve resposta sobre os encaminhamentos feitos às unidades de saúde.

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