Capital

Ação resgata brincadeiras de rua na Semana Mundial do Brincar

Luciana Brazil | 16/05/2013 08:39
Especialista alertam para brincadeiras individualizadas e que não permitem áreas de lazer. (Foto:Divulgação)
Especialista alertam para brincadeiras individualizadas e que não permitem áreas de lazer. (Foto:Divulgação)

Na Semana Mundial do Brincar, especialistas alertam para o novo comportamento infantil. Em Campo Grande, no próximo dia 25 de maio, a Aliança pela Infância vai realizar a 3° edição “Me Deixa Brincar”, uma ação que prioriza as brincadeiras de rua, cada vez mais em extinção, e o espaço para o lazer. O movimento será no Horto Florestal, das 14 às 17h30.
O desenvolvimento em grupo e o espaço para o lazer devem ser resgatados com urgência, segundo a professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e coordenadora da Aliança pela Infância, Angela Maria Costa.
“As crianças estão cada vez mais confinadas e individualizadas em frente aos videogames. A preocupação é como essas pessoas serão no futuro, se eles não se desenvolvem mais em grupo? Nos jogos eletrônicos o problema é resolvido matando o outro boneco. E onde fica a experiência de perder e ganhar?”, dispara a professora.
Especialistas garantem que são nos primeiros anos de vida que a criança desenvolve a capacidade de interação e comunicação social. Além disso, é diante do brincar que a criança lida com o passado, enfrenta o presente e se prepara para o futuro.
Desde o cedo, bebês são estimulados a acompanhar DVDs infantis, lembra Angela. “A imagem e o som são feitos para atrair e acaba funcionando como uma babá eletrônica. Antes, as crianças tinham medo de bruxas, hoje, demonstram medo de serem assaltadas, de sofrem acidentes”, explica.
A semana do brincar é celebrada entre os dias 18 e 25 de maio. No dia 31, comemora-se o Dia Mundial do Brincar.
Criada em 1997, na Inglaterra, a Aliança pela Infância é um movimento mundial, que atua facilitando a reflexão e a ação dos que se preocupam com a educação das crianças. O mundo contemporâneo, a falta de espaços para brincar, o consumismo desenfreado e a pressão escolar precoce motivaram a criação da rede.
A rede é uma aliança de pessoas e organizações com ideais comuns visando à melhoria da vivência da infância.

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